segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Caim


A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós , nem nós o entendemos a ele."

Depois de tão grande expectativa, depois de tão grande espera, depois de tanto se falar do mais recente livro do já consagrado Saramago, hoje parece que o livro se encostou às prateleiras das livrarias, à espera de sair em massa nesta época natalícia.
De grande noticia polémica passará a grande alternativa para as prendas do Natal.
É só entrar numa das habituais Fnacs ou Bertrands que somos engolidos por essa mancha amarela e rosa avermelhado e com a palavra repetida dezenas, centenas de vezes, como aqueles pensamentos que nao se apagam da memória...Caim....Caim....Caim....Caim.
Nele, diz-se sentir a contestação do autor à Igreja. Na sociedade, pessoalmente, sinto mais o rancor ao autor que ao livro em si.
Nunca percebi qual o mal da obra de Saramago conotar a crítica à religião.
Não se pode olhar Saramago como obra crítica mas como obra...hum...digamos, literária superior!
Poderíamos encontrar inúmeros livros polémicos mas a obra deste escritor não vive da polémica mas da consagração dos anos e do auge da qualidade.
Quanto a mim, eu pouparia os meus esforços para apontar os dedos a tantos livros de uma escrita horrenda que continuam nas prateleiras e que nunca impressos deveriam ter sido.
Quanto a Caim, deixem o livro vender em paz...
Olhem o Nobel, gente! Olhem o Nobel!

1 comentário:

  1. Sabes como são os portugueses. Deixam sempre tudo para o fim. Daqui a uns dias há montes de gente a compra-los

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