Antes de mais, quero anunciar a este povo mentiroso que a partir de hoje passa a existir uma nova rubrica neste blog, pois estarmos neste belo espaço virtual a mentir e não existir uma rubrica sobre "a mentira no Futebol" é o mesmo que estarmos a opinar sobre a matéria de marketing sem ler o Mercator. Por outras palavras, é inevitável não pormos o futebol em cima da mesa quando o assunto de que se trata é “a mentira”.
Posto isto, quero remeter a vossa atenção para o espectacular editorial desta semana na revista sábado, que eu passo a citar:
“No inicio do século XXI, o futebol americano tinha praticamente as mesmas regras de controlo do futebol europeu: 1 árbitro e 2 auxiliares, qualquer dúvida era decidida por intuição. Hoje, o futebol americano evoluiu um pouco: desde 1978, há 1 árbitro principal e 6 árbitros auxiliares e, desde 1999, qualquer dúvida é esclarecida com o recurso a imagens de vídeo [a chamada tecnologia “vídeo-árbitro”]. É assim no voleibol, no críquete, no basquetebol ou até no hóquei no gelo.
No râguebi, houve uma preocupação: não retirar ritmo ao jogo. Por isso, limitaram-se as dúvidas e os tempos: cada equipa só pode pedir o esclarecimento de 2 lances duvidosos por cada meio tempo e o árbitro tem 60 segundos para decidir – no total, as novas tecnologias não podem fazer perder mais de 8 minutos por jogo.
No ténis, houve outra preocupação: que o custo das novas tecnologias não acabasse com o desporto. Por isso decidiu-se aplicar o “olho de falcão” – que permite esclarecer se uma bola foi dentro ou fora – só nos torneios principais, e em certos casos, só em alguns courts do mesmo torneio.
No futebol, há uma preocupação mais importante do que todas as outras: manter a tradição. Por isso deixa-se ficar tudo igual há 100 anos. Permitem-se erros inaceitáveis, como o apuramento da França para o próximo Mundial, e destrói-se a credibilidade do desporto mais popular do mundo e um dos que movimentam mais dinheiro. Em compensação, poupa-se algum investimento e mantém-se o campeonato inglês com as mesmas regras do nepalês. Os campos relvados já são uma diferença suficiente.”
Não há dúvidas. Esta é a verdade desportiva que muitos defendem!
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