sábado, 14 de dezembro de 2013

Coisas de Época

1º Os meus parabéns ao senhor Thamsanqa Jantjie! Acho que é este o nome correcto do homem que ser fez passar por um intérprete gestual quando na verdade sabe tanto disso como eu de medicina nuclear! Parabéns! porque de facto é um feito digno de medalha conseguir fazer uma coisa daquelas, ou então só uma maneira gloriosa de mostrar o quão bem controladas são estas burocracias cerimoniais.
 Ofensas à parte da comunidade afectada, porque percebo que não seja agradável, é um episódio que no mínimo dá para rir, porque não vou ficar irritada com um maluquinho mas sim com quem o pôs lá em cima! Acho que até uma pessoa inculta no assunto (mas obviamente com um treino mínimo de intérpretes nos programas da RTP1 e RTP2) consegue perceber que o que o homem faz é embrulhar caixas repetidamente….mas sem papel…e sem caixas. Uma bela embrulhada portanto.

2º É Natal, mas isso toda a gente já sabe. É só mergulhar na multidão consumista todos os fins-de-semana e não há como negar. Confesso que chegando esta altura me dá uma certa nostalgia do Magusto. Foi uma coisa que ficou perdida lá atrás, na escola primária, quando o Magusto era para mim uma coisa verdadeiramente importante! Agora é a porcaria de um dia sem significado nenhum! E chega a altura do natal e penso, mas eu nem sequer celebrei Magusto! Depois passa, afinal a mulher das castanhas está na rua todo o ano, para ela, Magusto é quando o Homem quiser!

3º Recentemente conheci um rapazito que depois de dizer que era vegetariano acrescenta “mas odeio que me perguntem o porquê de ser vegetariano!”
Desculpe? Meu amigo, se me disser que odeia que lhe perguntem o porquê de ser algeriano até entendo, agora acho que há toda uma outra legitimidade em perguntar o porquê de ser vegetariano.
É quase curiosidade mórbida, uma espécie de “deixa ver quais são as razões pode ser que também me dê para virar vegetariano!”. E se é uma opção consciente não deve ser assim tão difícil tentar explicar o porquê da escolha, não é que eu traga um bife na carteira para lhe enfiar garganta abaixo depois de uma agitada discussão…

Para mim é um assunto nada-contra-e-nada-a-favor. Faça o que quiser, coma alfaces e cenouras toda a vida, mas tudo o que peço é que se tiver um filho não o ponha logo de pequenino a comer alpista, e é tudo! 

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