domingo, 24 de outubro de 2010
Função Pública 2010
"»»»Vamos fazer desta canção um Hino Nacional«««"
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
da progressividade dos benefícios fiscais e outros tesourinhos deprimentes (2)
Tirei este vídeo de um blog monárquico. Espero que não te importes.
sábado, 16 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
da progressividade dos benefícios fiscais e outros tesourinhos deprimentes
"O contributo dos solteiros sem filhos é ainda mais regressivo. Quem menos recebe vai pagar mais de imposto. Quem mais recebe pagará menos. O agravamento da colecta em IRS vai de 44 por cento para o contribuinte mais pobre até 7 por cento para o contribuinte com mais posses." aqui
(2)
aos 40 segundos "isto conduziria a um aumento da carga fiscal brutal para a classe média" (e um ar indignado)
(3)
"No caso de donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas colectivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas, o valor a deduzir é corresponde a 130% do valor do donativo." (acerca das deduções à colecta)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
o teste
Fecho os olhos.
Já não consigo ouvir por mais tempo as máquinas e as alfaias lá fora a trabalhar sob o comando do abrasador Sol de Agosto.
O ruído de fora entrou, entrou-me e bloqueia qualquer pensamento que possa querer nascer.
Fecho os olhos para não ouvir.
Deitada num pequeno sofá verde aveludado e quente, ainda me lembro da minha vó contar a história do sofá chegado das Índias pelo meu tio-avô Cândido que enviuvou cedo, infurtúnio da vida,e de logo se entregou à família sobrante.
Fecho os olhos.
Não desejo estar aqui. É o barulho já disse, que me convida a sair.
Os primeiros segundos de penumbra assustam-me. Também não quero estar aqui.
Abro os olhos. Barulho de novo. Não.
Tento de novo o teletransporte da alma e mente para outro lugar, abandonando o corpo naquela sala onde coexistem apenas sofá e barulho. Sim, já nem eu me sinto na sala.
Começo a passear por memórias para assim encontrar o caminho das vontades e ir dar à praça do desejo e do sonho.
Passo por um lindo bosque, o cheiro a terra molhada hidrata-me o rosto que há muito sente os arranhos da vida que passa.
Esta sensação de frescura levou-me a continuar, penetro cada vez mais por entre os braços das árvores.
Subitamente, sinto sob os meus pés um tapete diferente. Se a suavidade e o toque terno que recebia do chão me tinham acompanhado até ali, a dureza dava-me agora as mãos.
Sou atacada pela frieza de um chão de pedra, duro, muito duro. Olho em frente e nada mais vejo se não um longo traço branco que se estende e toca o céu.
Era o tapete de pedra.
Segui, apesar do frio que sentia, dos pés subiu até mim, aquela rasto deixado por alguém ou algo. Estremeço com o frio, agora reconfortava o sofá do tio-avô Cândido, ao chegar defronte de um grande portão.
Só de o olhar senti o seu peso. De ferro era ele, velho, comido, de pose altiva e soberana sobre o traço branco que acabara de percorrer. E sobre mim mesma também.
Empregando toda a minha força sobre a argola do portão, um guincho de dor vindo das dobradiças faz-me arrepiar de novo.
Olho em frente e algo vejo.
Doze grande colunas, quais gigantes de contos infantis,se erguiam do chão e se esperguiçavam de forma sensual até ao céu.
Sobre estas seus capitéis enfeitavam-lhes o cabelo. E sobre estes ainda, repousando serenamente, um frontão recortado, adornado com a mestria de homens cuja beleza queriam atingir.
Por detrás deste conjunto, divinamente agrupado e conjugado, estava
uma porta, pesada também pelo que vi, desta vez de madeira.
Sem lhe chegar, sem lhe tocar, sem a sentir, senti que ali, por detrás da sua imponência, não ia encontrar ruído, máquinas, calor, aveludado ou verde sequer.
Ali ia encontrar o sítio pelo qual meu corpo buscou mas que apenas a minha mente atingiu.
Deixo-me então no sofá para caminhar em direcção à grande porta.
Não sei o seu nome. Não sei para onde me leva.
Mas sei que me convida a entrar.
(Texto escrito sob os olhos de uma imagem representativa de um tempo da Antiguidade Clássica para um teste de diagnóstico de Teoria da Arquitectura. A sua publicação foi decidida Sábado à noite numa conversa animada com a Mariana e o Fernando. A culpa é deles que me tentaram a publicar este texto que me fez duvidar da minha sanidade mental depois de pensar que tinha escrito o acima exposto num teste de faculdade...)
sábado, 9 de outubro de 2010
O Filme que se fala por aí
A Rede Social, tradução para português, é um filme que prova que não é possível chegar a 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Parece-me um slogan bastante interessante.
"The Social Network" tem estreia marcada para Portugal a 4 de Novembro. Até lá, fica o trailer:
Socialismo português
A responsabilidade só pode ser da crise internacional, dos especuladores financeiros e, obviamente, do PSD. José Sócrates e sus muchachos nada têm a ver com esta realidade. Era o que faltava.
[Via 31 da armada]
Antes fosse mentira...
Eu pergunto-me: Como é que é possível deixarmos de ver este senhor na TV? EU QUERO CONTINUAR A OUVIR RICARDO COSTA NA SIC. Ou na SIC como comentador, ou como Primeiro-Ministro ou como Presidente da república. Não interessa o cargo. Eu quero é continuar a ouvir o meu professor de ciencias políticas porque, para mim, é sempre com um prazer enorme e com uma grande satisfação que acompanho todas as suas palavras na televisão.
Ora aqui vai um exemplo do que disse hoje no jornal do meio-dia na Sic-Noticias:
Parece fácil não é?
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
«As repúblicas não são eternas»...
[Via Delito de Opinião]
terça-feira, 5 de outubro de 2010
A mentira da comemoração do centenário da república
[Foto via WeHaveKaosInTheGarden]
"Mais de 45% dos portugueses não sabem qual é o centenário que hoje se comemora e só pouco mais de metade está informado de que se trata da implantação da República. Este resultado surpreendente faz parte de uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã, que revela também que mais de 12% dos eleitores do BE e mais de 11% dos que votam no PCP dizem preferir a Monarquia à República." Hoje no Correio da Manhã
Esta é a resposta à excelente pergunta que fazia há dias o Henrique Burnay: "Comemorar o quê?"
sábado, 2 de outubro de 2010
Hug me, Teddy Bear!
O meu nobre Fernando tocou na minha ferida grrr-Keynesiana que teima eu não compreender como pode ser economicamente saudável um país com uma sucessiva roleta de défices - eu cá percebo a necessidade de medidas de austeridade.
A OCDE saúda as medidas, como não poderia deixar de ser - os meninos vieram ao nosso recreio saltar à corda connosco.
"As medidas anunciadas são bem-vindas, na medida em que reforçam a credibilidade das metas para o défice orçamental português (7,3% do PIB em 2010 e 4,6% em 2011). Atingir estas metas é essencial para restaurar a confiança dos investidores e, assim, assegurar que a economia portuguesa continua a ter acesso a financiamento externo"
Estando tão dependentes comercialmente do exterior pelo fraco mercado interno que Portugal detêm, e indo sucessivamente lá fora mendigar uns trocos para comprar leitinho aos filhos da Nação (bem, agora decidimos também ordenhar um pouquinho a PT) parece-me imperativo, acima de qualquer argumento nacionalista e patriótico, que ou vivemos a bem com os senhores lá de fora - que exigem mais de nós, e podem, as vacas são deles - ou teremos que viver muito mal sozinhos. O governo assume, então, a dependência de Portugal em relação aos Mercados externos. Dãããh!
Mais estranhamente mente o senhor doutor Vieira da Silva, que é um homem de esquerda tal como todos os coronéis do PS, defendeu na quinta-feira a importância das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, afirmando inclusive que são fundamentais para o crescimento económico do país. Ai... doce incompreensão do posicionamento da nossa cavalaria - pois se o Paulinho Portas disse-se numa feira agrícola exactamente o mesmo não me surpreenderia.
"Julgo que é indiscutível para a maioria dos economistas, que a médio e longo prazo, estas medidas terão um feito positivo", declarou o governante, que deixou o multiplicador em casa nesse mesmo dia, afundando no jogo de batalha naval dos ministros o TGV do Mendonça.
Por fim, a detalhada técnica que não interessa a ninguém. O spread das obrigações Portuguesas a 10 anos, em relação às bunds alemãs, baixou nas duas sessões consecutivas após o anúncio das medidas de austeridade. Creio até que já estamos novamente abaixo da Irlanda. O que é estranho e incompatível com medidas saudáveis em tempos de crise. Ou será o paradigma económico de cada país, os seus problemas estruturais e condicionamento de contas públicas uma realidade precisa de ser ponderada a cada país? Se a Irlanda entra em default por tomar medidas de austeridade, ok óptimo, deixamos de ser PIGS e poderíamos passar a ser a malta do GPS, não tenho o mínimo conhecimento da realidade Irlandesa. Em Portugal, infelizmente, parece-me necessário fazer uma dieta. Estado balofo. E preguiçoso. Enfim.
Mas nem tudo é triste neste mundo:
"A CGTP já lançou o repto para uma greve geral e a UGT garante que está aberta a discuti-lo. O plano de austeridade anunciado na quarta-feira pelo Governo poderá ser o motivo que levará as duas grandes centrais sindicais à rua, em conjunto. Se assim for, será a primeira vez em 22 anos que CGTP e UGT se unem em greve geral. De acordo com o secretário-geral da UGT, a última vez que isso aconteceu foi em 1988, tendo por base propostas de alteração à legislação laboral."
É óptimo quando velhos amigos se juntam, sentam-se à mesa e conversam sobre velhos tempos, velhas guerras. Espero verdadeiramente que a greve seja violenta: carros da polícia incendiados, cocktail's Molotov e pedras portuguesas da calçada atiradas com força aos defensores dessa capitalismo selvagem e porco. Com muito dano e sangue, como aconteceu em Espanha. Se fizermos barulho com muita muita força, para além que perdermos um dia de produtividade, curamos instantaneamente a ferida das Finanças Portuguesas e todos podem ter aumentos rapidamente.
Eu vou!