domingo, 24 de outubro de 2010

Função Pública 2010

Descrição no youtube: "Hino da 'Função Publica' para 2010 realizado por funcionários do Departamento Técnico de Planeamento e Urbanismo da Câmara Municipal de Portimão."

"»»»Vamos fazer desta canção um Hino Nacional«««"

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

da progressividade dos benefícios fiscais e outros tesourinhos deprimentes (2)

Fernando, encontrei um vídeo para complementar a tua ideia.

Tirei este vídeo de um blog monárquico. Espero que não te importes.

sábado, 16 de outubro de 2010

o monstro tem coração

e é grande

Jesus Santificado


Acerca da greve geral que por ai se vai organizando encontrei isto pelo facebook.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

da progressividade dos benefícios fiscais e outros tesourinhos deprimentes

(1)

"O contributo dos solteiros sem filhos é ainda mais regressivo. Quem menos recebe vai pagar mais de imposto. Quem mais recebe pagará menos. O agravamento da colecta em IRS vai de 44 por cento para o contribuinte mais pobre até 7 por cento para o contribuinte com mais posses." aqui

(2)




aos 40 segundos "isto conduziria a um aumento da carga fiscal brutal para a classe média" (e um ar indignado)

(3)

"No caso de donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas colectivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas, o valor a deduzir é corresponde a 130% do valor do donativo." (acerca das deduções à colecta)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

o teste

Fecho os olhos.

Já não consigo ouvir por mais tempo as máquinas e as alfaias lá fora a trabalhar sob o comando do abrasador Sol de Agosto.

O ruído de fora entrou, entrou-me e bloqueia qualquer pensamento que possa querer nascer.

Fecho os olhos para não ouvir.

Deitada num pequeno sofá verde aveludado e quente, ainda me lembro da minha vó contar a história do sofá chegado das Índias pelo meu tio-avô Cândido que enviuvou cedo, infurtúnio da vida,e de logo se entregou à família sobrante.

Fecho os olhos.

Não desejo estar aqui. É o barulho já disse, que me convida a sair.

Os primeiros segundos de penumbra assustam-me. Também não quero estar aqui.

Abro os olhos. Barulho de novo. Não.

Tento de novo o teletransporte da alma e mente para outro lugar, abandonando o corpo naquela sala onde coexistem apenas sofá e barulho. Sim, já nem eu me sinto na sala.

Começo a passear por memórias para assim encontrar o caminho das vontades e ir dar à praça do desejo e do sonho.

Passo por um lindo bosque, o cheiro a terra molhada hidrata-me o rosto que há muito sente os arranhos da vida que passa.

Esta sensação de frescura levou-me a continuar, penetro cada vez mais por entre os braços das árvores.

Subitamente, sinto sob os meus pés um tapete diferente. Se a suavidade e o toque terno que recebia do chão me tinham acompanhado até ali, a dureza dava-me agora as mãos.

Sou atacada pela frieza de um chão de pedra, duro, muito duro. Olho em frente e nada mais vejo se não um longo traço branco que se estende e toca o céu.

Era o tapete de pedra.

Segui, apesar do frio que sentia, dos pés subiu até mim, aquela rasto deixado por alguém ou algo. Estremeço com o frio, agora reconfortava o sofá do tio-avô Cândido, ao chegar defronte de um grande portão.

Só de o olhar senti o seu peso. De ferro era ele, velho, comido, de pose altiva e soberana sobre o traço branco que acabara de percorrer. E sobre mim mesma também.

Empregando toda a minha força sobre a argola do portão, um guincho de dor vindo das dobradiças faz-me arrepiar de novo.

Olho em frente e algo vejo.

Doze grande colunas, quais gigantes de contos infantis,se erguiam do chão e se esperguiçavam de forma sensual até ao céu.

Sobre estas seus capitéis enfeitavam-lhes o cabelo. E sobre estes ainda, repousando serenamente, um frontão recortado, adornado com a mestria de homens cuja beleza queriam atingir.

Por detrás deste conjunto, divinamente agrupado e conjugado, estava

uma porta, pesada também pelo que vi, desta vez de madeira.

Sem lhe chegar, sem lhe tocar, sem a sentir, senti que ali, por detrás da sua imponência, não ia encontrar ruído, máquinas, calor, aveludado ou verde sequer.

Ali ia encontrar o sítio pelo qual meu corpo buscou mas que apenas a minha mente atingiu.

Deixo-me então no sofá para caminhar em direcção à grande porta.

Não sei o seu nome. Não sei para onde me leva.

Mas sei que me convida a entrar.



(Texto escrito sob os olhos de uma imagem representativa de um tempo da Antiguidade Clássica para um teste de diagnóstico de Teoria da Arquitectura. A sua publicação foi decidida Sábado à noite numa conversa animada com a Mariana e o Fernando. A culpa é deles que me tentaram a publicar este texto que me fez duvidar da minha sanidade mental depois de pensar que tinha escrito o acima exposto num teste de faculdade...)

sábado, 9 de outubro de 2010

O Filme que se fala por aí

Parece que há por aí um filme que foi inspirado na história do Criador do Facebook, leia-se, o mais jovem bilionário da história! "The Social Network" já estreou nos EUA e está a ser um enorme sucesso. Em apenas 4 dias de exibição, o filme conseguiu praticamente garantir a liderança das bilheteiras semanais norte-americanas, angariando mais de 23 milhões de dólares em receita, dizem diversos sites da especialidade.

A Rede Social, tradução para português, é um filme que prova que não é possível chegar a 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Parece-me um slogan bastante interessante.

"The Social Network" tem estreia marcada para Portugal a 4 de Novembro. Até lá, fica o trailer:

Socialismo português

FMI avisa que Portugal será a pior economia da União Europeia em 2015

A responsabilidade só pode ser da crise internacional, dos especuladores financeiros e, obviamente, do PSD. José Sócrates e sus muchachos nada têm a ver com esta realidade. Era o que faltava.

[Via 31 da armada]

Antes fosse mentira...

Acabo de saber uma triste notícia: Já sabia que Ricardo Costa, actual director-adjunto do Expresso/SIC/SIC Noticias, será Director do Expresso a partir de 1 de Janeiro de 2011. Só não sabia que com esta nomeação, Ricardo Costa deixa as funções que exercia na SIC.

Eu pergunto-me: Como é que é possível deixarmos de ver este senhor na TV? EU QUERO CONTINUAR A OUVIR RICARDO COSTA NA SIC. Ou na SIC como comentador, ou como Primeiro-Ministro ou como Presidente da república. Não interessa o cargo. Eu quero é continuar a ouvir o meu professor de ciencias políticas porque, para mim, é sempre com um prazer enorme e com uma grande satisfação que acompanho todas as suas palavras na televisão.

Ora aqui vai um exemplo do que disse hoje no jornal do meio-dia na Sic-Noticias:


Parece fácil não é?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

«As repúblicas não são eternas»...

... segundo a opinião do João Távora, escrita aqui há mais de um ano, em tom sério e sereno. «Como se a democracia e o parlamentarismo fossem conquistas da república» — lembrava também o autor na altura. Reflexões que não colidem com comemorações. Pelo contrário: só depois de se reflectir se pode decidir conscientemente sobre comemorar ou não comemorar e porquê.


[Via Delito de Opinião]

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A mentira da comemoração do centenário da república


[Foto via WeHaveKaosInTheGarden]

"Mais de 45% dos portugueses não sabem qual é o centenário que hoje se comemora e só pouco mais de metade está informado de que se trata da implantação da República. Este resultado surpreendente faz parte de uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã, que revela também que mais de 12% dos eleitores do BE e mais de 11% dos que votam no PCP dizem preferir a Monarquia à República." Hoje no Correio da Manhã

Esta é a resposta à excelente pergunta que fazia há dias o Henrique Burnay: "Comemorar o quê?"

sábado, 2 de outubro de 2010

Hug me, Teddy Bear!

Ouvi ontem na rádio uma simpático pseudo-intelectual da Antena 1 dizer, de entre outras coisas, que vivemos na era da ditadura do défice. Engraçada constatação senhor, por ventura bem conhecida pela elite Portuguesa que não tem a televisão estragada já lá vão 3 meses, eu cá nunca tinha ouvido.

O meu nobre Fernando tocou na minha ferida grrr-Keynesiana que teima eu não compreender como pode ser economicamente saudável um país com uma sucessiva roleta de défices - eu cá percebo a necessidade de medidas de austeridade.

A OCDE saúda as medidas, como não poderia deixar de ser - os meninos vieram ao nosso recreio saltar à corda connosco.

"As medidas anunciadas são bem-vindas, na medida em que reforçam a credibilidade das metas para o défice orçamental português (7,3% do PIB em 2010 e 4,6% em 2011). Atingir estas metas é essencial para restaurar a confiança dos investidores e, assim, assegurar que a economia portuguesa continua a ter acesso a financiamento externo"

Estando tão dependentes comercialmente do exterior pelo fraco mercado interno que Portugal detêm, e indo sucessivamente lá fora mendigar uns trocos para comprar leitinho aos filhos da Nação (bem, agora decidimos também ordenhar um pouquinho a PT) parece-me imperativo, acima de qualquer argumento nacionalista e patriótico, que ou vivemos a bem com os senhores lá de fora - que exigem mais de nós, e podem, as vacas são deles - ou teremos que viver muito mal sozinhos. O governo assume, então, a dependência de Portugal em relação aos Mercados externos. Dãããh!

Mais estranhamente mente o senhor doutor Vieira da Silva, que é um homem de esquerda tal como todos os coronéis do PS, defendeu na quinta-feira a importância das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, afirmando inclusive que são fundamentais para o crescimento económico do país. Ai... doce incompreensão do posicionamento da nossa cavalaria - pois se o Paulinho Portas disse-se numa feira agrícola exactamente o mesmo não me surpreenderia.

"Julgo que é indiscutível para a maioria dos economistas, que a médio e longo prazo, estas medidas terão um feito positivo", declarou o governante, que deixou o multiplicador em casa nesse mesmo dia, afundando no jogo de batalha naval dos ministros o TGV do Mendonça.



Por fim, a detalhada técnica que não interessa a ninguém. O spread das obrigações Portuguesas a 10 anos, em relação às bunds alemãs, baixou nas duas sessões consecutivas após o anúncio das medidas de austeridade. Creio até que já estamos novamente abaixo da Irlanda. O que é estranho e incompatível com medidas saudáveis em tempos de crise. Ou será o paradigma económico de cada país, os seus problemas estruturais e condicionamento de contas públicas uma realidade precisa de ser ponderada a cada país? Se a Irlanda entra em default por tomar medidas de austeridade, ok óptimo, deixamos de ser PIGS e poderíamos passar a ser a malta do GPS, não tenho o mínimo conhecimento da realidade Irlandesa. Em Portugal, infelizmente, parece-me necessário fazer uma dieta. Estado balofo. E preguiçoso. Enfim.



Mas nem tudo é triste neste mundo:

"A CGTP já lançou o repto para uma greve geral e a UGT garante que está aberta a discuti-lo. O plano de austeridade anunciado na quarta-feira pelo Governo poderá ser o motivo que levará as duas grandes centrais sindicais à rua, em conjunto. Se assim for, será a primeira vez em 22 anos que CGTP e UGT se unem em greve geral. De acordo com o secretário-geral da UGT, a última vez que isso aconteceu foi em 1988, tendo por base propostas de alteração à legislação laboral."



É óptimo quando velhos amigos se juntam, sentam-se à mesa e conversam sobre velhos tempos, velhas guerras. Espero verdadeiramente que a greve seja violenta: carros da polícia incendiados, cocktail's Molotov e pedras portuguesas da calçada atiradas com força aos defensores dessa capitalismo selvagem e porco. Com muito dano e sangue, como aconteceu em Espanha. Se fizermos barulho com muita muita força, para além que perdermos um dia de produtividade, curamos instantaneamente a ferida das Finanças Portuguesas e todos podem ter aumentos rapidamente.



Eu vou!