Pode ler-se no Negócios de hoje que o "Governo rejeita descer TSU para subir salário". Ora ainda bem que este tema vem à baila outra vez.
Diz o Camilo Lourenço que "Baixar a TSU faz sentido (se o tivéssemos feito, o desemprego não teria subido tanto)". Eu também sou a favor de baixar a TSU, mas não sou a favor de baixar a TSU como foi anunciada pelo governo em Setembro do ano passado.
A medida anunciada pelo governo retirava da economia 2800 milhões de euros e só dava 500 milhões para combater o défice como referiu o José Gomes Ferreira. Foi uma medida mal explicada e, como foi anunciada, não era para combater o défice: era retirar das famílias para entregar um cheque a empresas de um sector da economia que trabalha em mercados protegidos (como o da electricidade e das telecomunicações) e para entregar um cheque ao sector financeiro (bancos e seguradoras).
Havia uma solução que nunca chegou a ser discutida: 1º) não aumentar a TSU de 11% para 18%, mas de 11% para 14 ou 15% e com esse dinheiro criava-se um fundo que ajudava as empresas que exportam e que geram emprego; 2º) não seria com a baixa da TSU para essas empresas, mas sim depois de exportarem e criarem emprego, dava-se um prémio a essas empresas.
Infelizmente ninguém a discutiu e, da maneira como foi anunciada em Setembro de 2012, o governo viu-se obrigado a recuar. Agora, infelizmente, já é tarde.
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