terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Anita vai ás compras

No país do Cristiano Ronaldo, falam as boas e más línguas de que qualquer coisa atormenta o pequeno Freeport em Alcochete e o grande José Sócrates em São Bento. Uma notícia acerca de algo a perturbar o sossego do nosso primeiro ministro, seria fruto do quotidiano e de certa forma banal, ficando por isso irradicada da agenda de posts deste credenciado blog, não se passando o mesmo quando está o Freeport metido ao barulho.

Durante estes anos é certo que a dúvida teimou em comichar por dentro de todos nós, portugueses, senhores da exuberância: "Mas que autoridade têm os palhaços de Inglaterra para vir criar em Portugal a maior feira de saldos da Europa, e desonrar, espezinhar, negar até, a nossa capacidade económica e amor ao expensive?"
De Faro a Bragança, foram muitos os que praguejaram, que por cá, precisavamos era de um Harrods...

Finalmente, espreitam por aí fora algumas respostas (umas mais Dan Brownescas que outras) para as motivações Inglesas. Ao que parece, foi naquele cantinho, em Alcochete, que os meninos do grupo Freeport encontraram o único sítio na Europa a não pertencer à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, designação que atribuiria uma série de impedimentos á construção da obra. Felizmente, o estatuto de ZPET terá sido revogado por consentimento de Sócrates, na altura, ministro do Ambiente de Guterres. O menino de ouro perde quilates (terá perdido?), na medida em que o decreto de lei que alterava o estatuto territorial daquela zona, fora aprovado três dias antes da eleições legislativas de 2002 (tendo já sido submetido a análise e recusada a sua alteração em 2001 e 2000) . Dizem então os boatos, que tal decreto de lei foi uma forma do PS ter conseguido uns tostões extra para a sua campanha eleitoral. Boatos que no ver da equipa do blog, não passam de mentiras.

Tudo isto surge agora, tendo um irmão da mãe de Sócrates (tio portanto) declarado ter sido intermediário numa conversa entre o sobrinho e promotores do grupo Inglês... Terá sido? Ou serão algumas notícias insignificantes, em jeito de ponta e fundo de iceberg, arrastadas por outras de grande importância?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Amor Ibérico

As relações amorosas entre Portugal e Espanha atravessam hoje um período de alguma cumplicidade, sem afastar a adrenalina de uma ou outra disputa agridoce, com tanto de romântico como esporádico. Disputas que se tratam em Zamora, bem longe de Aljubarrota, para descontentamento de muitos profissionais da indústria panificadora nacional, que vêem os seus heróis fora do campo de batalha (e perto dos 5% que o preço do pão vai aumentar em 2009).

Em dia de cimeira ibérica, são vários os temas a tratar, desde as insignificantes medidas noticiadas que antevêem um proteccionismo às empresas espanholas por parte do seu governo, até à urgência, grandiosidade e divindade da organização de um Mundial de Futebol conjunto em 2012. Sinceramente, espero que a União Europeia tenha em atenção os 10 (em 8 exigidos pela UEFA) estádios criados para o euro 2004, que neste momento a única coisa que têm em falta é uso, e dê uma mãozinha à FIFA na escolha dos países organizadores.
Que a União Europeia feche os olhos ao proteccionismo espanhol, é tão trivial como simpático para a economia portuguesa.

Tenho para mim, que também se falará do TGV, e datas a cumprir no desenvolvimento desta essencial e indispensável em nada megalómana infra-estrutura.

Longe vão os tempos em que se resolvia tudo com um feliz casamento. Não que Sócrates ou o Ministro dos negócios estrangeiros, Luís Amado não tenham tentado já casar os seus filhos com algum primogénito de Castela, mas bem, não resultou, hoje, estes garotos só pensam em sexo.

O Barack'O da Vitória

"Hoje os desafios que nos esperam são muitos. Não vão ser resolvidos de modo fácil, nem rápido."

Nem ela, verdadeiramente, queria. Só queria que o bom Santana desligasse a porra da televisão. Até lhe fazia o número do cotovelo.
- Até te fazia aquilo… do cotovelo.
- Do quê?

Era bom e surdo, o velho Santana. Deixaram o Obama a falar.
- Coelhinho Encantado? Ou preferes a Brisa de Primavera no Peitoril da Janela? Grrrr….
- O quê?

E fizeram sexo indecente apenas.

“Sabiam que o nosso poder cresce se for usado com prudência, a nossa segurança emana da justeza da nossa causa, a força do nosso exemplo."

E que exemplo. Como cresceu, o poder do Santana. Contorcido com o joelho por entre as coxas da Vitória, venceu o peso do corpo nas suas costelas de tal forma que nem eu consigo imaginar. Caramba. Que maravilha.
- Que maravilha, Vitória…
- Hum… Nunca foi tão bom…
- Qual som?

"O tempo de protegermos interesses mesquinhos acabou. A partir de hoje, temos de nos levantar, sacudir o pó, e começar o trabalho de reconstruir a América."

Ui, ainda houve muita destruição. Nunca Vitória se sentiu tão preenchida de amor e tudo. Nunca Santana ouviu tanto, sem precisar de ouvir nada. E os vizinhos?

“Yes We Can!”

Nunca mais se esquecerão do dia de hoje. Não fosse o chato do Obama.

Mas é normal, há coisas que não mudam: Dois milhões de pessoas devoraram, ao vivo e a sangue frio, as profecias do senhor Barack.

Enquanto isso, duas fizeram amor: Um ditou, outro deitou. E aceitou sem mais, porque parecia certo. Porque não se sabe ouvir.

Caramba! Barack Obama pode fuder o mundo!
___________________________________________________

- Discurso transcrito originário do publico.pt. Note-se que admiro imenso o recentemente eleito Senhor Presidente Obama. Bush, por comparação, tem a inteligência de uma maçaneta, e a utilidade do PS. Pobre Bush. O ponto é simples. Não gosto é das pessoas. Tanto impulso, não pode deixar o mundo surdo. Porque se um dia acabam os comprimidos ao Sr. Santana, a Vitória fica fula...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Jardim Ideológico

Poderia ser um blog de grande seriedade, em jeito de boletim informativo longe do ridículo, perto do formal. Não o é, porque de seriedade se pintam as paredes de fora dos palcos das grandes decisões.

Poderia ser um blog honesto, hino à integridade e ode à moral. Rejeitámos, porque a honestidade não é rentável, a integridade aleija o bolso e a moral é um embecilho.

Poderia ser um blog veemente na recusa de ideais simplesmente demagógicos. Tentámos, mas o público pediu eloquência.

Poderia ter nascido ontem, mas ontem era cedo.

Poderia ter nascido amanhã, mas ja passava da meia-noite.

Poderia ser verdadeiro, ficou-se pela Mentira. É mais fácil.