quinta-feira, 29 de abril de 2010

Da série "Quando nove jogadores adversários defendem é difícil superá-los. Diego Milito e Etoo jogaram quase como laterais. Mas quem vence tem razão!"

"O último treino do Inter em Milão foi mais ou menos assim:

-Quem quiser ir a Barcelona está proibido de jogar à bola. – disse José Mourinho.

-Desculpe lá, Mister, não estou a perceber.

-Para jogar à bola está lá o Barcelona. Nós vamos para ganhar a eliminatória.

-Ganhar sem jogar? Mas assim perdemos.

- Por isso é que o Special sou eu. Se queremos ganhar não podemos jogar.

-Então o que é que fazemos?

-Deixamos o Barcelona jogar, dar três ou quatro toques, e tiramos-lhes a bola.

-É aí que contra-atacamos.

-Não, entregamos a bola aos tipos.

-E depois?

-Depois deixamo-los dar três ou quatro toques e tiramos-lhes a bola.

-E não atacamos?

-Isso é jogar e nós vamos para não jogar.

-E se correr mal?

-Eu é sou o Special One, se corresse mal eu era só o Normal One. Perto do fim do jogo até podemos deixar os gajos marcarem um golo para dar um frisson à coisa e torná-la mais especial.

-E correr, podemos?

-Quanto menos melhor, eles que corram, nós não somos uma equipa de atletismo. Perceberam?

-Mais ou menos.

-E tu, Quaresma, percebeste?

-Percebi, Mister, a gente chega lá e parte aquela merda toda, nem os deixamos tocar na bola, mostramos aos gajos que quem sabe jogar somos nós.

-Bem me parecia que ias ver o jogo da bancada para aprenderes a não jogar demais. E tu, Balotelli, percebeste?

-Claro, Mister, se for preciso andar à porrada eu parto aquela merda toda e mando os adeptos dar uma volta.

-Bom, tu vens connosco e ficas no banco, pode ser que venhas a ser preciso. Mais alguém quer jogar à bola? Não? Então bora lá ganhar a eliminatória."

[Via Aventar]

Importam-se de avisar a ministra da Educação, sff

Daqui a dez anos os meninos que têm agora doze anos vão querer entrar no mercado de trabalho. Um mercado onde não haverá PTs, nem RENs, nem GALPs, nem institutos públicos, nem administração pública, nem subsídios de emprego, nem rendimentos mínimos, nem empréstimos ao consumo, que os valha. Um mercado a sério: difícil, competitivo e selectivo. Onde quem está bem preparado talvez consiga arranjar emprego, casa, carro, ir de férias e fazer compras no Pingo Doce, e onde quem não está preparado, está tramado.

Esses meninos estão agora, hoje, numa escola onde não se chumba, não se exige, não premeia e não ensina.

As gerações futuras, além de terem de carregar com a dívida nacional dos paizinhos e pagá-la, vão herdar uma educação miserável que os está a preparar para concorrer ao rendimento mínimo e não ao mercado de trabalho.

Safam-se os meninos que têm paizinhos com poder económico para poderem escolher as escolas dos filhos e comprar a sua educação. Os pobres, que se tramem. É mais uma conquista de Abril, pá.

[Via Aparelho de Estado]

Portugal dos pequeninos

A situação económica portuguesa é tipicamente portuguesa: é infantil. A todos os níveis: na educação, nas finanças, na segurança, no emprego.



Portugal é como uma criancinha de 12 anos que já gastou as semanadas do ano todo, que não gosta de estudar, não ajuda em casa, não quer ler e foge a sete pés das responsabilidades. Uma criança que aprendeu a passar pelo meio da chuva. E é feliz assim. Sem cuidado, sem futuro e com sorte. Chega-lhe o futebol, as novelas e a convicção de que o dinheiro nasce nas paredes onde estão presas as máquinas de multibanco.

Agora pedem a esta criancinha, mal educada e mimada, que se levante cedo, que tenha boas notas, que aprenda a poupar e que prometa que se vai portar bem. Ou acabam-se as semanadas, a play station e, no limite, o computador. Ela diz que sim, que se vai esforçar. Promete. E até faz um power point muita giro, com pinta, mesmo. "E agora, já posso ir ver televisão?". Um pai diria que sim. Não resistiria.

Só que os mercados não são pais, são padrastos.

[Via Aparelho de Estado]

domingo, 25 de abril de 2010

a liberdade do aguiar

Antes do 25 de Abril de 74, já havia homens livres em portugal, homens que não saíram ás ruas ao som da grândola vila morena.

"Em 1954, Ricardo Espírito Santo acompanhou o presidente da República, Craveiro Lopes, numa viagem de barco a Angola e São Tomé e Príncipe. Esteve fora sete domingos: apenas num não conseguiu enviar telegramas dirigidos a «sua excelência o presidente do Conselho» e assinados, simplesmente, Ricardo. Nos seis que enviou, a falta que sentia dos encontros com Salazar foi sempre manifestada de forma crescente: «Sigo bem mas com saudades», escreveu no segundo, a 31 de Maio; a 20 de Junho, manifestava-se «cheio de saudades»; na mensagem do domingo seguinte lia-se: «As saudades são cada vez mais maiores»; e no último notava-se o alívio por estar quase a regressar: «Vou mais contente a pensar que se os deuses nos forem propícios estarei aí no próximo domingo e poderei matar as saudades que já pesam no meu coração. Gostei muito de o ouvir e espero que este já o encontrará no forte." (investigação levada à cabo pela Sábado, com base em documentos de acesso público presentes no arquivo nacional.)



O 25 de Abril foi, concordo e fico contente, o abrir portas à livre iniciativa privada e o limitar da acção de grandes grupos (ou famílias) monopolistas, altamente favorecidos pelo estado. Repito, antes já havia homens livres. Muitos se escandalizam com a limitação da liberdade desses homens após a revolução dos cravos. Ainda que temporária, ganhara-na, outros: os que trabalhavam a terra e as máquinas, e viam o seu esforço evaporar em recompensas aquém da força dispendida, em prémios curtos até para curar a fome. Digo com isto, que é difícil encontrar tamanho relativismo num conceito, como aquele que liberdade possuí. Da mesma maneira que midas tentou tornar outro tudo aquilo em que tocasse, também há os que não deixam de tentar oprimir, tudo o que a sua liberdade pode tocar.


O discurso de Aguiar Branco é paradigmático e marca o que é um traço de generalização abusivo, comum a várias vozes. Todas as suas palavras têm por premissa juntar tudo e todos no mesmo caixote, e por-lhe depois o carimbo "povo". Fica bem dizer isso. É inteligente até. Ricardo espírito do santo era povo (?). Todos somos povo. Mas dentro do povo há fortes e fracos, e contrariar esse facto é fugir à necessidade de medidas que protejam uns e limitem a vontade de desproteger, de outros. A obcessão em rever a constituição não é mais que o negar dessa necessidade.



Disse um padre francês, Lacordaire: Entre o forte e o fraco, é a liberdade que oprime e, a lei que liberta. Não encontro nem em Lenine, nem em Rosa Luxemburgo, nem em Sérgio Godinho, frase que melhor espelhe o perigo que é gritar liberdade para o mesmo povo do "operário da Lisnave e do seu accionista". Aposto que Aguiar Branco também não.



Povo, é iniciativa privada à mercê de quem queira e não só de quem possua recursos para poder. Povo, é a iniciativa privada de quem consegue e da iniciativa privada a quem não tem capacidade para conseguir. Liberdade consegue-se mais ou menos da mesma forma, digo eu.

Povo é..

25 de Abril de 2010, 11h20: Ligo a televisão, e o canal que estava era a Sic Notícias, apesar de ser um dos canais com que mais simpatizo, ao Domingo de manhã, não me estava a apetecer. Coincidência: comando não funciona. A preguiça levou-me a continuar no canal, isto porque nem reparei no que estava a dar: as Comemorações do 25 de Abril. Habitualmente vejo o resumo no Telejornal, mas fiquei a ouvir. Foi com grande agrado que permaneci.
Repetiram mais tarde o discurso de José Pedro Aguiar Branco. Apesar de achar que o discurso do nosso Presidente da República foi bastante interessante, parece-me que Aguiar Branco superou tudo! Mostrou uma imensa capacidade.. Apesar de não ter sido o candidato que apoiei nas eleições internas, mostrou-se inteligente, muitíssimo!
Um discurso diferente, capaz de mostrar à esquerda orgulhosa dos seus poetas e escritores que a direita também os conhece (e que há verdade neles). José Pedro soube também interpretá-los, e recordo uma frase que me agradou bastante "Povo é iniciativa privada e social!".
Recomendo vivamente a quem não ouviu, a totalidade do discurso que ouça, porque vale a pena, nada maçudo, dá para rir, e para pensar!

O discurso em vídeo: http://www.parlamentoglobal.pt/parlamentoglobal/multimedia/video/2010/4/25/250410_Aguiar+disurso+25+de+Abril.htm


(P.S.- Gostava de agradecer a apresentação que me foi feita já há uma semana, uma descrição muito elogiosa, à qual só tenho a dizer "Muito obrigada pela oportunidade, caros mentirosos!")

25 de abril sempre





















Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.

Ary

sábado, 24 de abril de 2010

BB King em Portugal a 29 de Maio para concerto GRATUITO em TRÁS-OS-MONTES


«Um dos gigantes do blues inicia em Trás-os-Montes a digressão europeia do álbum One Kind Favor . Saiba como chegar a Sabrosa, onde se realiza o concerto.

BB King estará em Portugal no próximo dia 29 de Maio, para um concerto gratuito. O espectáculo realiza-se em Sabrosa, distrito de Vila Real, no âmbito do programa "Douro Charme", iniciativa promovida pela Rota do Vinho do Porto. Tem início marcado para as 22h00.

O lendário músico chega ao nosso país com 85 anos, mais de quarenta discos editados, e um conjunto variado de prémios e outras distinções meritórias. Apresentará o seu mais recente disco One Kind Favor , doze anos depois da última presença em Portugal: na Expo '98, enquanto embaixador musical do seu país natal, os E.U.A.»

Só é pena o meu irmão fazer anos nessa semana, a viagem demorar 9 horas (ir e vir), o gasoleo e as portagens ao preço do ouro,não ter casa em Trás-os-montes onde dormir, e haver 3 frequências na semana seguinte. Considero-me, portanto, um gajo cheio de sorte!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O que se aprende nas escolas?



exame de ontem, na faculdade de direito. Direito Constitucional II, pelo Prof. Doutor Paulo Otero.


e um complemento vitamínico, para curar o enjoo anterior


domingo, 18 de abril de 2010

Ana Frazão de Sousa

Ela:
-Não sabe nem tem jeito para mentir.
-Não é inteligente, nem perspicaz e estudar nunca foi um verbo que soube empregar.
-Anda sempre desocupada e com a agenda subcarregada.
-Não sabe contactar com as outras pessoas, não é super-atenciosa, o seu telemóvel não está sempre a tocar, nem tão pouco é uma RP.
-Não gosta de sair à noite nem do barulho das discos da capital.
-Não liga à moda e sempre que pode apresenta-se em fato de treino.
-Não se interessa pelos temas da actualidade e debater jamais fará parte do seu ADN.

Ou então isto é tudo mentira.

Caríssimos leitores, porque estavamos a precisar de um espírito mais “católico”, é com um prazer enorme que tenho a honra de vos apresentar Ana Frazão de Sousa.

Bem vinda!

Ryder Cup envolta em polémica


«Foi "um erro estratégico e uma má escolha para o país", o Algarve ter ficado fora da candidatura de Portugal à realização à Ryder Cup 2018 [o maior evento da modalidade de golfe à escala mundial]. A acusação parte de Nuno Aires, presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), que considera que Portugal saíu prejudicado e perdeu a oportunidade de apresentar uma "candidatura ganhadora" a um dos mais mediáticos eventos desportivos do mundo, a seguir aos Jogos Olímpicos e ao Mundial de Futebol.
A Herdade da Comporta no litoral alentejano, eleita para a candidatura de Portugal à Ryder Cup, "é um não lugar", alega ainda Nuno Aires, lembrando que aquela região não tem ainda nenhum campo de golfe face ao Algarve que tem 38, e que já foi eleito o melhor destino de golfe do mundo em dois anos (2000 e 2006) pela associação internacional de operadores de golfe (IAGTO).
Em xeque, está a opção da comissão da candidatura portuguesa à Ryder Cup, presidida por Manuel Pinho (ex-Ministro da Economia), por este empreendimento do Grupo Espírito Santo. "Não vou pedir a demissão de Manuel Pinho, mas uma escolha que não seja o Algarve para acolher o campeonato Ryder Cup é uma má escolha, porque a Herdade da Comporta é um não lugar", sublinhou Nuno Aires esta manhã em conferência de imprensa, na presença de proprietários de campos de golfe do Algarve, que se afirmaram "estupefactos" com a decisão.
"Falta de clareza" na candidatura à Ryder Cup, é outra acusação do presidente do Turismo do Algarve, que lembra ainda que a realização desta prova exige "um investimento pesado, de 140 milhões de euros até 2018. Essa verba terá de vir de algum lado e era importante esclarecer de onde virá".»
[via Expresso]
«Está bem, mas o que é isso tem de especial?
Alguns pormenores, ou “pormaiores”, importantes, a saber:
1- Na Comporta ainda não existe nenhum campo de golfe, apenas o projecto de construir três ao abrigo de um dito PIN, esse celerado acrónimo para “Projecto de Interesse Nacional” que permite violar toda e qualquer legislação ambiental;
2- Na Comporta também não existe nenhum hotel de cinco estrelas com mais de 150 quartos, nem sequer os seus caboucos;
3- A Comporta é um grande projecto turístico-imobiliário do Grupo Espírito Santo e o presidente da comissão que escolheu a localização é o ex-ministro Manuel Pinho, também ex-administrador de grupo financeiro e “inventor” dos PIN;
Acho que não é preciso fazer qualquer comentário para perceber que tudo nesta história é mais pornográfico do que o conteúdo de qualquer das lojas especializadas do bairro vermelho de Amesterdão.»

manel cruz ao vivo

Há umas horas estive a ver o Manel Cruz fazer música, e sem querer que a mentira vire blitz, vou dizer qualquer coisa acerca do concerto supracitado. Conhecem-no dos Ornatos, ou dos Pluto, talvez não tanto dos Supernada. Como foge foge bandido, anda agora por aí fazer o que bem faz. Lançou um livro com cd (podia lançar um cd com livro, mas, e especulo nas causas, os livros pagam menos IVA). No TMG, começou com 'borboleta', provavelmente uma das música mais famosas de entre as que constam do seu recente trabalho. Esperar-se-ia que depois de um tão alto começo, intensidade tal não voltasse a ser recuperada: assim não foi. Encontramo-la em 'canção segredo' em 'canção da canção triste', na boa disposição de 'Eleva' (em que se faz música a partir de um uma sessão vulgar de igreja universal do reino de deus) e em tantas outras.Do que senti, posso dizer que houve um maestro-cientista e um ambiente de laboratório musical. Criou-se música. Experimental talvez, não obstante, com musicalidade característica de trabalhos exprimentados e re-exprimentados. Vários estilos. De músicas para músicas, talvez fosse possível fechar os olhos e pensar que as bandas mudavam, não fosse o fio condutor: a mestria do manel. Há ainda a letra, a qual a qualidade da música não consegue ofuscar. Podíamos dizer que sons e palavras se relacionam em simbiose, mas quem ganha com a relação somos nós. Acabou com a 'quem sabe', e a ovação da plateia respondeu em pé: não fujas bandido.

sábado, 17 de abril de 2010

O dildo oficial do santuário de Fátima?


«Ao que parece, há na Atlantis gente com um sentido de humor demencial. Só assim se explica esta linda peça em cristal, fadada por certo a um êxito tremendo entre as freiras. Imagino as instruções: “Só para uso na cova da Iria. Orgasmos abençoados garantidos.”»

[Via 5dias]

Chama-lhe um Figo

Mais de dois milhões de euros. Este é o valor estimado das contrapartidas que Luís Figo e os seus sócios deverão beneficiar pelo apoio demonstrado pelo ex-futebolista à recandidatura do primeiro-ministro, José Sócrates, nas últimas eleições legislativas.

Por 2.000.000€, também eu falava assim:

sexta-feira, 16 de abril de 2010

"Manso é a tua tia, pá!"

Depois de um "Porreiro, pá!" a Durão Barroso, nada melhor do que um "Manso é a tua tia, pá!". ao seu best-friend Louça.

As palavras não se ouvem mas as imagens são claras. Sócrates ainda acrescenta mais algumas palavras a acompanhar uma cara visivelmente irritada, mas só os ministros ao seu lado ouviram.

Cidinha Campos, um dos elementos mais temidos das Comissões Parlamentares do país do Samba

É sabido que o novo líder do PSD propôs que se acelere o processo de revisão da Constituição da República de modo a “alterar as regras” para ajudar a resolver problemas do país, na Justiça ou nas leis eleitorais.

Pedro, se queres resolver problemas do país é fácil: basta teres na tua equipa uma pessoa com características do Nuno Melo e simultaneamente do Fernando Costa.

Resultado? Dá... Cidinha Campos!


[vídeo completo aqui]

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lei da Rolha (2)

Parece que a já conhecida "Lei da Rolha" também esteve em Carcavelos.

Vejam o vídeo aqui no 31 da Sarrafada.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Uma verdadeira fã sofre.....

Ora, aqui está, os mais ligados ao youtube já devem ter encontrado esta pérola da estupidez, do fanatismo, da idade ainda fraca....o que quer que seja.
É verdade, ser fã hoje em dia não é só ir a concertos, forrar as paredes do quarto de cartazes e usar a mesma camisola com o emblema da banda o mês inteiro...
Nos dias que correm ser fã vai muito, muito além.Ora vejam:

Estas músicas não me saem da cabeça. Benfica, és GRANDE!





segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando eu for grande quero discursar como este senhor! (2)

Andei por lá mas não tive a oportunidade de ver o XXXIII Congresso do PSD, em Carcavelos. Mas fica aqui o resumo: "Olha, Pedro, põe-te a pau, não queiras ir com o submarino ao fundo. Eu peço-te isso, ó Pedro, doa a quem doer. Vai doer ao PSD, que doa. Vai doer ao CDS, que doa".

Fernando Costa ainda recomendou a Passos Coelho que diga aos jovens do PSD "que antes de virem para a política, antes de terem uma profissão, tirem o curso, antes de começarem a querer ter cargos elevados façam um estágio profissional".

Fernando Costa. És GRANDE!

domingo, 11 de abril de 2010

Sócrates troca sapatos Gucci por ténis Nike






Sou uma mentirosa feliz.
Digamos que bastou-me estar no sítio certo, na hora exacta e a comer um gelado de canela e frutos silvestres à beira Tejo para vos poder presentear com estas maravilhas.

Hoje realizou-se a 2ª Mini Maratona de Lisboa e o local escolhido para tal momento de lazer e perda calórica, foi o agradável passeio marítimo do Tejo, agora ainda mais galã com o novo Hotel Altis&SPA. Maravilhoso se me permitem dizer.
Esplanada, gelado como já disse e conversas alheias a esvoaçarem que nem colibri.
De repente, o bater de asas energético contudo silencioso desta pequena ave sobe uma oitava acima e começo a perguntar-me de onde vêm os pardais.
Motivo?
Bem, digamos que as fotos falam por si.
Todos nós já conhecíamos a grande paixão que José Sócrates tem pelo culto do corpo e da saúde, pois só ele sabe o quanto lhe custou ganhar o prémio de um dos homem mais elegantes do mundo, mas a sua aparição em t-shirt branca e barata de publicidade, calções que passeiam dois canivetes e meia branca de turco é uma experiência visual que vale a pena ser registada.Como foi.
A sua passagem claro está, foi alvo de muitos olhares, sorrisos, comentários, flash e suor. Sim, porque acompanhar o PM na corrida não é fácil para os seus seguranças que estão mais habituados às atribuladas e cansativas entradas e saídas do seu carro para São Bento e vice-versa. Mas Sócrates manteve sempre o ritmo e entre uma inspiração profunda e uma expiração prolongada, lá ia deixando sair um "Boa Tarde!" às pessoas por quem se cruzava.

Mais uma vez digo que me sinto uma privilegiada por ter não só visto José Sócrates num perfil mais desportista como também por carregar comigo a minha amiga Canon de 7megapixel. Sem ela não distinguia o turco da meia.



P.S. Caso interesse na compra das fotografias para posterior publicação em jornal ou revista, o favor de contactar-me via email.


terça-feira, 6 de abril de 2010

A mentira sobre o Caso Leandro. Pobre Leandro.

Antes destas notícias de hoje do Jornal i e do Jornal de Notícias, Miguel Sousa Tavares 12 dias atrás já dizia:

1. Confesso que não entendo como é que todos fomos enganados pela morte do Leandro. Todos, eu incluído. Todos engolimos sem pestanejar a primeira e 'definitiva' versão que nos foi apresentada pela imprensa para a morte do jovem de doze anos, apresentado como exemplo limite das consequências do bullying. A saber: a) que Leandro, farto de ser sovado e maltratado pelos colegas da escola; b) por quem já havia sido seriamente espancado um ano antes; c) e incapaz de se defender; d) saiu pela porta principal da escola de Mirandela que frequentava, sem que ninguém o interceptasse, e declarando "não aguento mais, vou-me atirar ao rio": e) o que fez, suicidando-se no Tua; f) sem que a escola tenha tido depois uma só palavra para com a família. Ora, segundo o "Diário de Notícias" desta terça-feira, citando fontes da escola e da PSP e amigos e testemunhas do acto de Leandro, o que realmente terá acontecido foi: a) Leandro era, ele próprio, um miúdo dado a provocações e confrontos, o que terá estado na origem do incidente ocorrido há um ano, quando insultou outros alunos; b) os quais, aliás, não eram da sua escola, mas sim de outra escola de Mirandela; c) no dia fatal, não saiu da escola pela porta da frente, que estaria sempre vigiada, mas sim através das grades exteriores; d) não se quis suicidar, mas apenas tomar banho no rio, tendo sido levado pela corrente; f) e logo no dia seguinte o presidente do conselho executivo da escola falou com a mãe de Leandro, dando-lhe os sentimentos e colocando-se à disposição dela. Ou seja: a fazer fé na segunda e corrigida versão, todos fomos levados ao engano. E porquê? Pois, o que dói é a resposta a esta pergunta.
Fomos levados ao engano, porque a nossa imprensa, quase toda, vive à procura de sangue, escândalos, tragédias ou heróis. E porque, entre procurar a verdade da história além das aparências, esperar pelas investigações das autoridades sem antecipar conclusões, ou optar logo pela versão mais trágica e chocante, escolheu esta sem hesitar.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

As Casas de Sócrates

Moradia (ampliação para 3 pisos no meio das casas velhas) na aldeia de Faia, concluída em 1983 com projecto e responsabilidade de José Sócrates. A obra estava a ser feita ilegalmente e a Câmara mandou demoli-la em 20 de Setembro de 1983. No dia 10 do mês seguinte o projecto de Sócrates entrou na Câmara e no dia 11 Abílio Curto aprovou-o, legalizando as obras já feitas.



E ando eu a ouvir na Faculdade a importância das relações de escala, da linguagem arquitectónica e da harmonia construtiva entre o existente e o novo edificado.
Ora, muito obrigado futuro colega de trabalho, obrigado por este exemplo vivo, ou melhor, exemplo em pé o que já não é nada mau.


Um sentimento de tristeza me invade ao ter conhecimento de mais um capítulo na longa saga "As Casas de Sócrates".
Mas depois pensei: será tristeza? ou será incredulidade?
É que de facto, se ele (pelo que dizem) era desleixado na Câmara da Guarda, porque razão os portugueses ainda votaram por ele 2 vezes para governar o país? Realmente, deve haver muito ignorante em Portugal. Começo a achar que os portugueses são do género "quanto mais me bates mais gosto de ti".


E quanto ao facto de o nosso MP não saber dimensionar um telhado de duas águas, representa-lo e legaliza-lo, talvez agora se perceba o porquê. Ter terminado a sua licenciatura num Domingo, impediu-o de assistir à aula de Segunda às 10h: Edificações VI - Coberturas Inclinadas.



P.S. Desculpa o uso da conversa das 20.17h.



Sobre o EDP University Challenge 2010

Lá em casa, ouvi dizer várias vezes que nos andavam a enganar desde o inicio com a história das energias renováveis e que devíamos pensar e apostar numa política energética diferente para o nosso país.

Parece que não estava de todo errado e prova disso é o manifesto por uma nova política energética assinado por 33 conhecidas personalidades da vida económica, empresarial e académica portuguesa e a crónica mais recente de Henrique Raposo:

"Portugal não pode recusar debater a energia nuclear. Os portugueses até podem decidir que não querem o "nuclear", mas devem saber o preço dessa recusa: a electricidade será sempre mais cara.
I. Um grupo de personalidades está a colocar em causa a "energia verde" de José Sócrates. Sobre isto, podemos dizer duas coisas. Primeira: o Ocidente inteiro está a apostar na "energia verde". Portanto, a política de José Sócrates e Manuel Pinho não é assim tão descabida. Segunda: os subscritores do dito manifesto têm razão quando dizem que a "energia verde" é altamente subsidiada, logo, mais cara para o cliente português. E, como é óbvio, este aumento do custo da energia tem consequências negativas na competitividade das nossas empresas.
II. A "energia verde" tem, portanto, um futuro incerto. Esta energia pode vir a ser um peso morto para a economia. Ora, isto abre a porta à energia nuclear, uma energia com um futuro nada incerto. Por toda a Europa, por todo o mundo, aliás, estamos a assistir ao regresso do nuclear. Até porque esta é uma das energias mais amigas do ambiente. Como diz Patrick Moore (um dos fundadores da Greenpeace), o ambientalismo está completamente errado na forma como diaboliza a energia nuclear.
III. A energia nuclear é uma das energias mais limpas. A energia nuclear é a energia mais eficaz (i.e. potente) para criar electricidade. Portugal tem de debater este assunto sem mitos. Podemos escolher ser um dos poucos países desenvolvidos sem energia nuclear (era bom sabermos quantos países da OSDE não têm nuclear). Mas temos de saber que essa opção tem custos elevados."

Agora outro assunto: para quê preocuparmo-nos em fazer um "Plano de Marketing e Comunicação da marca EDP enquanto player global" quando o João Ratão irá receber em ordenados e prémios este ano um total de 3,1 milhões de euros, quando a assembleia geral de accionistas, marcada para 16 de Abril, aprovar as contas de 2009, sendo a EDP é a empresa mais endividada do mercado de capitais português com 14,007 mil milhões de euros (mais 117 milhões do que em 2008)? Só mesmo para chatear um gajo...

"SÉQUESSO"

Adoro ler as crónicas de Henrique Raposo no Expresso. Todos os dias tem um tema novo. Escrita fácil, directa e sempre razão no que escreve. Há 2 anos, respondeu ao problema da Educação, que a semana passada foi debatido no programa Prós e Contas, assim:

“A pátria adora conversar sobre professores. A pátria, porém, nunca fala sobre educação. Portugal ainda não arranjou coragem para lidar com este facto: os alunos acabam o secundário sem saber escrever. Parece que os professores vão fazer uma 'marcha da indignação'. Pois muito bem. Eu também vou fazer uma marcha indignada. Vou descer a avenida com a seguinte tarja: 'os alunos portugueses conseguem tirar cursos superiores sem saber escrever'.

A coisa mais básica - saber escrever - deixou de ser relevante na escola portuguesa. De quem é a culpa? Dos professores? Certo. Do Ministério? Certo. Mas os principais culpados são os próprios pais. Mães e pais vivem obcecados com o culto decadente da psicologia infantil. Não se pode repreender o "menino" porque isso é excesso de autoridade, diz o psicólogo. Portanto, o petiz pode ser mal-educado para o professor. Não se pode dizer que o "menino" escreve mal porque isso pode afectar a sua auto-estima. Ou seja, o rapazola pode ser burro, desde que seja feliz. O professor não pode marcar trabalhos de casa porque o "menino" deve ter tempo para brincar. Genial: o "menino" pode ser preguiçoso, desde que jogue na consola. Ora, este tal "menino" não passa de um mostrengo mimado que não respeita professores e colegas. Mais: este mostrengo nunca reconhece os seus próprios erros; na sua cabeça, 'sexo' será sempre 'sequesso'. Neste mundo Peter Pan os erros não existem e as coisas até mudam de nome. O "menino" não escreve mal; o "menino" faz, isso sim, escrita criativa. O "menino" não sabe escrever a palavra 'recensão', mas é um Eça em potência.

Caro leitor, se quer culpar alguém pelo estado lastimável da educação, então, só tem uma coisa a fazer: olhe-se ao espelho. E, já agora, desmarque a próxima consulta do "menino" no psicólogo.”

Fácil, directo e claro. Não é?

A revelação ao relento (2)

Eu sei que não foi esta reportagem, mas fica a ideia para quem não viu.

Gostei do que escreveste e concordo 100% contigo Felipe. E analisando a tua pergunta ("Grupos de jovens dormem ao relento à porta do pavilhão atlântico para um concerto dos Tokio Hotel que será, sei lá, dentro de uma semana?"), só encontro 2 tipos de resposta: Dormem porque os pais deixam os filhos fazerem o que querem e bem lhes apetece ou Dormem porque nunca ninguém lhes atirou uma pedra à cabeça. A mim parece-me que estão as duas correctas.

Como diz o outro: eu só não sei se esta é uma "Geração rasca" ou uma "Geração à rasca"!

domingo, 4 de abril de 2010

A revelação ao relento

Ouço atrás de mim a repetitiva voz da repórter da Sic Notícias.

O meu prezado avô, que não tive o prazer de conhecer, procurou outra vida num incrível mundo novo. Foi com nada senão esperança, e almoçando e jantando do mesmo recipiente frio, carregando o peso de uma responsabilidade que escolheu e dormindo ao relento construiu do vazio uma vida para si e para os seus que nunca construirei com tudo o que já tenho hoje. Com o tecto que tenho hoje.

E ouço atrás de mim aquela repetitiva voz que me captou a direcção dos ouvidos. Grupos de jovens dormem ao relento à porta do pavilhão atlântico para um concerto dos Tokio Hotel que será, sei lá, dentro de uma semana? Eu percebo esta orgia histérica de uma juventude de quem já não espero mais que uma enfadonha masturbação crónica deste nada vazio oco que consome sua alma que desprezo. Com tristeza. O que de facto me merece espanto são comentários orgulhosos dos progenitores de tais criaturas aprovando tal demonstração pirosa de consonância com actos de debilidade mental universais. Dizem, de boca cheia, sorriso e camisa Lascoste que iriam com os filhos até à China, se eles quisessem, dormir num relento, digamos, um bocadinho mais opressivo.

Esta geração não precisou dormir ao relento. Mas acham fixe e cool os seus filhos dormirem. Por isto. Por isto, até na China! Por isto...

E consegui perceber quem foram os Portugueses que re-elegeram Sócrates.

Caramba, são tantos.

sábado, 3 de abril de 2010

Joana Vasconcelos - Sem Rede





"Sem Rede" é a primeira exposição antológica da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos ( Museu Colecção Berardo). Reúne cerca de 35 obras elaboradas nos últimos 15 anos e traça uma panorâmica do seu trabalho, dando a conhecer e a conhecer-se.

Vasconcelos olha o mundo actual através de uma singular leitura das mentalidades, mitologias e iconografias da sociedade de consumo. Cruzando tradição e modernidade, a artista questiona a identidade do objectos, vestindo-os com novos significados, revelando-os como nova expressão artística.
Aproximando-se dos princípios "Nouveau Reálisme", e adoptando as estratégias vanguardistas de Marcel Duchamp, Joana difunde o ready-made baseado na justaposição de objectos triviais.

A exposição contempla obras como "A Noiva" (famoso lustre feito de tampões higiénicos), Coração Independente (grandes corações feitos com talheres de plástico) ou "Cinderela", o grande sapato de senhora feito com panelas e respectivas tampas.

Em "Sem Rede", a prática de Joana Vasconcelos apresenta-se sob uma óptica inovadora, que desafia as abordagens dominantes da sua arte como também recria o universo da artista como nenhuma outra exposição.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010