terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quem fala assim no es gago, e por mim, estão feitas as revisões dos resultados

"Finalmente, hay que celebrar el crecimiento de los partidos marxistas. Die Linke, un partido creado hace tres años, logra un 12%. El Bloco de Esquerda y el Partido Comunista, sumados superan el 17% y serán claves si Socrates quiere gobernar en mayoría. Estas victorias de los partidos de izquierda han de servir de lección para el resto de partidos europeos. Luchando por objetivos claros como la protección social, peleando contra el precariado y las privatizaciones, sembrando y arando en los terrenos propios de la izquierda (los barrios y las fábricas, no los platós televisivos), unidos en la diversidad, se convence y se gana. Además, ante la incoherencia, los indecisos se apuntan siempre a los discursos más simples: los de la derecha populista. "

Gorka Larrabeiti

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

In the room

No meu quarto, a ouvir lá fora a conversa dos trolhas que aqui trabalham nos andaimes do quarto andar:

_Então ontem votaste?
_eu? eu não!
_Lá ganhou o outro outra vez...
_Quem, o Barroso? (silêncio) O Barroso?
_Não, aquele...
_Quem?
_então aquele... (grande pausa) O sócrates!!
_Oh, já sei...
_Mas assim ao menos fica quem já está. Ladron por ladron (é que aqui no porto não se diz Ladrão)!
_pois é, Ladron por ladron...

e vota esta gente que durante quatro anos não sabe quem está à frente do país. Enfim, a isto se chama a voz do povo....

domingo, 27 de setembro de 2009

Today is the Day!

Ora aí está! Dia de eleições!
Depois de tanta coisa aqui está a decisão final.
Devo dizer que foi a primeira vez que verdadeiramente senti o peso do voto.( muita coisa já que representa 50% das minhas acções directas enquanto eleitor).
Talvez tenha sido pela forma como o senhor das mesas anunciou o meu número e nome como quem canta os numeros na Santa Casa...
Deixemo-nos de coisas. Hoje quase ninguém dá valor ao voto e pasmo com quem fica em casa fazendo frente como voto em nulo pois daí não virá mudança nenhuma. A mesma coisa com o voto em branco. É protesto, OK, mas e daí? acham que se alguém chegar ao poder se vai importar grandemente com isso? só se 90% do país votasse em branco serviria de alguma coisa.!
Sou prática. Ponto. É preciso votar. Ponto. E votar bem, não por remorso ou para tentar fazer frente com partidos da moda. Acham mesmo que meia duzia de pessoas com essas ideias XPTO completamente descabidas fariam Governo....

Enfim, resumindo. Hoje o país vive um grande derby político. Para quê continuar a pensar que a equipazita da aldeiazinha vai ganhar?!?

Realismo gente, realismo.

Momento Concerto



Não podia deixar de partilhar este video. Camp Nou cheio. 72.000 personas aprox.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

aproveitar


Transporte gratuito nos dias 16 e 22 de Setembro
Para assinalar a Semana Europeia da Mobilidade, o Metro, em conjunto com a Carris, CP e Transtejo/Soflusa, vai oferecer transporte gratuito nos dias 16 e 22 de Setembro, numa iniciativa de promoção da utilização do transporte público. Esta iniciativa visa sensibilizar a população para o uso do transporte público, numa verdadeira rede de transportes, melhorando a mobilidade e prestando um contributo fundamental para a sustentabilidade da vida urbana.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Best Movie, Best Serie

The Godfather



The Sopranos

domingo, 13 de setembro de 2009

Legislativas na mentira

Dia 15
Segurança Social, Sistema nacional de saúde, políticas de solidariedade social.
Até 23h de dia 15, primeiras intervenções
Até 23h de dia 16, respostas.

sábado, 12 de setembro de 2009

Quer este na sua sala de cinema?


Manuela Ferreira Leite,
2 de julho de 2008: “A família tem por objetivo a procriação”.
1 de novembro de 2008: “as grandes obras publicas só ajudam a combater o desemprego de Cabo Verde e da Ucrânia”
12 de novembro de 2008: “Não pode ser a Comunicação Social a seleccionar aquilo que transmite”
17 de novembro de 2008: “Não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois venha então a democracia”

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Hipocrisia? (III)

"Desde que idade vota? Votou sempre no Partido Socialista?

Desde os dezoito anos, ou seja, desde 2005. Para as legislativas votei sempre PS. Em outras eleições não necessariamente, depende dos candidatos..."

Entrevista feita a Carolina Patrocínio, pelo jornal i.

Carolina nasceu a 27 de Maio, de 87.
As legislativas de 2005 aconteceram em Fevereiro, tinha a rapariga 17 anos.

Hipocrisia? (II)

"O problema com as deduções em IRS é que deixa de fora dos benefícios justamente os mais pobres, ou seja, os que nem sequer têm rendimento suficiente para pagar IRS. É por isso que os subsídios directos são mais eficazes, mais abrangentes e mais equitativos."

Vital Moreira, 2008

Hipocrisia?

"José Sócrates não pretende repor os benefícios fiscais eliminados pelo Governo de coligação no orçamento de 2005."

2005

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Enfim Juntos


José Mário Branco, Fausto e Sérgio Godinho vão actuar juntos no próximo mês de Outubro. O espectáculo intitulado de "Três Cantos" vai ter lugar no Campo Pequeno dia 22 e no Coliseu do Porto dia 31.

«Em palco, deverão apresentar-se os três juntos, com um grupo de músicos ainda não revelado ou só com as suas guitarras, mas também em duo e a solo, cantando músicas próprias ou dos restantes parceiros»

Já tive a oportunidade de assistir a cada um em separado e estou ansioso por assistir a sua reunião. Aconselho vivamente.

Os bilhetes já estão à venda e custam entre 10 e 50 euros

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Don Corleone: Oh, I want you to arrange to have a telephone man check all the calls going in and out of here because it could be anyone...


Texto Primeiro e a Amena Cavaqueira

É com grande gáudio e satisfação que digo: menti!

Desde o dia 21 de Janeiro que, manhosamente, tenho escapado aos inúmeros pedidos de Fernando, às criticas de Felipe e à vergonha de, possivelmente, ser a única do círculo que ainda não tinha visitado o blog. E atribuíram-me o cargo de relações públicas!

Mas para quê desculpar-me? Tudo o que pudesse vir a dizer iria tirar-me o meu novo cargo. Mentirosa.

Mas como agora avanço nos bites deste blog, sinto-me que não “navego em mares nunca antes navegados”. Apesar de ter sido o membro com mais faltas, conheço o teor e sentimentos do blog, discutidos e vividos fora deste palco mas realizado pelos autores/actores de ambos.

Se as premissas eram eloquência, facilidade e verdade pois então o objectivo foi cumprido: somos os maiores mentirosos!

Debate de Jerónimo de Sousa e José Sócrates

Um primeiro-ministro triste por se sentir sozinho e atacado na e pela esquerda. Um camarada a fazer o jogo das diferenças entre o desenho do PS e do PSD.

Assistiu-se a mais um café de esquina entre dois candidatos à cadeira governamental, que já tem mossas e as deixa a quem por lá passa. Contudo, a falta de paciência e o mau estar do Engenheiro José Sócrates, em nada terá a ver com a falta de ergonomia da mesma, mas avancemos.

Na passadeira dos temas reflectidos a trivialidade esperada vingou. Código do trabalho, segurança social, o combate à pobreza (onde aí vimos o Sr. Primeiro Ministro a elevar 10% nos decibéis), a crise, educação e sindicatos. Não vou “esmiuçar” cada um; não é minha intenção tornar-me politóloga de ecrã; vou apenas deixar alguns devaneios.

Educação e Sindicatos. É certo que o governo é o árbitro que balança os interesses sindicais e gerais (ou pelo menos tenta), mas usar o cartão vermelho da arrogância é que não… não foi a força do PC que juntou 100mil vozes nem as maiores mobilizações pós 25 de Abril; foram as políticas erradas, o interesse pessoal, o descontentamento.

Crise. É realidade. Existe e é com seriedade e vontade que a temos que enfrentar. Mas tentar convencer os portugueses e principalmente a Europa que estamos a sair da crise pelo aumento do salário mínimo, pelo aumento do tempo de subsídio de desemprego bem como de seu valor é tão confortável como os grandes grupos financeiros não serem incomodados com a chatice da crise. De facto, quem pagou e paga a crise é o trabalhador, quase ao som da daquela que se podia chamar “A Ópera do Malandro” (versão portuguesa, de Chico José).

TVI. Não devia ser tomada como medida eleitoral mas, como foi o único momento do debate em que a faísca brilhou vamos acender então a vela. Jerónimo de Sousa com a sua cordialidade opôs-se ao nervosismo de José Sócrates que nem o Papa o pode salvar. Verdade ou não talvez nunca chegaremos a saber. O Jornal de Sexta-feira acabou, Manuela Moura Guedes calou-se e sem eles vamos deixar de saber as promoções semanais do Freeport bem como o desfecho desta liberdade libertada.

Resumé. Sócrates: tudo o que fez foi bom. Jerónimo: a análise macro é melhor.

As Legislativas na Mentira


Mentirosíssimos,

Em nome da preguiçosa equipa da mentira apresento-vos a primeira edição desta iniciativa muito pouco inovadora. Esperamos, porém, que sua realização traga algo de positivo quer ao incurável mentiroso que nela participar, quer ao curioso leitor que desta farsa se alimentar. Três dias, três debates, adivinhem quantos temas? Uns dez. Divididos em três grupos orientadores, com mesma essência. Aqui fica a estrutura:

- Dia 14: Segurança Social, Sistema nacional de saúde, políticas de solidariedade social.

- Dia 18: Economia, PME’s, investimentos, recuperação, (des)emprego.

- Dia 22: Educação, Segurança, Justiça, Sociedade.

As regras são simples: um post será criado para o efeito, o debate desenrolar-se-á em forma de comment, sendo que cada participante terá direito a apenas dois: um inicial onde apresenta o partido político cuja linhas defende e apresentará, conjugado, obviamente, com seu discernimento pessoal e eventual crítica. O segundo comentário serve para rebater apresentações dos demais participantes, nunca seus segundos comentários. Primeiro comentário até ás 23h do dia em questão, o segundo até à mesma hora do dia seguinte.

Já somos um punhado de participantes regulares: garantimos o pluralismo mínimo parlamentar. No entanto encorajamos que qualquer interessado a experimentar esta brincadeira (com a devida seriedade e construtividade - em jeito de exemplo aos nossos velhotes), quem sabe não será interessante?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sei o que fizeste no verão passado...


Escrevo estas palavras em viagem pelo país do sono um tanto ao quanto alcoólico. As palavras vêm tarde mas fazem-se cedo se avaliarmos o contexto político das eleições que ainda se cheiram longe. Ontem, juntaram-se à mesma mesa José Sócrates e Paulo Portas, num debate cujas regras bem vincadas do mesmo foram constantemente relembradas pelo primeiro ministro. Começou portas, com a lengalenga popular-cristã:
Falou-se da alta carga fiscal e da dependência do exterior tendo em conta a dívida externa. De PME´s e do ciclo de devolução dos impostos ás famílias...
Acerca de impostos, Paulo Portas reclama ser Portugal um dos cinco países da UE com maior carga fiscal. Ainda assim, dados do Eurostat revelam que os impostos em Portugal se situam (ainda, não nego o crescimento contra-cíclico em relação aos restantes países) a baixo da média da união europeia e os países onde as taxas sobre o rendimento são superiores ás nacionais são justamente os países escandinavos, cuja qualidade de vida está longe de ser posta em causa. Da dependência do exterior, há muito que a esquerda vem relembrar a sua fragilidade, apontando a revitalização do comércio interno como uma solução viável para dinamizar a economia nacional. A Portas comichou ainda o facto de os impostos não serem devidamente restituídos ás famílias da classe média... esqueceu que tal pode ser contornado com a oferta de serviços públicos de qualidade que, enfim, ultrapassam o projecto político do CDS, estando a fruição de tais serviços na prateleira onde chegam famílias de classe baixa ou média-baixa.
Sócrates foi mais do mesmo. O mesmo que já de tanto mais já cheira mal. Estávamos bem, mas a crise externa estragou o nosso projecto socialista. Quilhou-nos o défice e bla bla bla. Não se lembra o primeiro ministro, que bem antes de a crise internacional ter atingido terras lusas, ainda o crescimento económico de Portugal era anémico, face aos parceiros da união europeia. E que a taxa de endividamento das famílias aumentou todos os anos do seu mandato, assim como a taxa de endividamento das empresas... enfim, se há benefício na crise externa para alguém, quanto mais não seja para os que carecem de um credível bode expiatório. O primeiro ministro vangloriou-se ainda de ter sido decretado o fim da recessão técnica, justificando que tal foi motivo de imensa alegria para todos os portugueses... Ok, não lhe tirem o chupa-chupa, façam-lhe festinhas no cabelo e deixem-lhe a infantil demagogia.
Posto isto, foi tempo de falar de políticas sociais para o país.... e enfim, esperar ouvir Paulo Portas e Sócrates falar de políticas sociais é como ir ao cinema ver uma comédia de Hitchcock.
O resto do debate, prendeu-se com a Lei Penal. Portas criticou. Sócrates contra-criticou, tendo o CDS votado a favor da lei aquando da sua aprovação na AR. E a discussão durou, durou, durou, sempre com idêntico argumento.
Transversal a todo o debate foi a fuga à culpa de erros cometidos com o pretexto de que tais enganos haviam também sido cometidos de igual ou superior forma em mandatos anteriores. O deitar areia para os olhos do costume, onde ficou no ar a ideia de que Paulo Portas ter sido ex-ministro fora o maior dos seus pecados. Não contesto. E se o debate serviu para por em cheque os podres da governação mal-aventurada de cada um dos dois, em jeito de confissão, não me sinto mal por dizer que o Inferno vos aguarda.

A Crónica Idiota

...de mais um destes Setembrinhos anunciantes da restauração da ordem, ainda com a flutuante caganita Solar daquele mês que não acabou. Digno de registo, caros igualmente desocupados, apresento esta sombrinha de palavras que tenta ser muito pouco pessoal – quiçá jornalística - para se refrescarem à sombra do meu infame timbre. Redondamente falharei na imparcialidade, mas, e afinal de contas, o livre jornalismo também tem falhado, não é Manuela?

a) Debate televisivo de Francisco Louça e Jerónimo de Sousa


Confesso que esperava muito mais luta e sangue e desmembramento desumano – os nossos pseudo-herdeiros directos do gene revolucionário desiludiriam o barbudo, na sua passividade compreensível – afinal, o inimigo está mais à direita, na ignóbil personificação que esta extremada esquerda fez (faz, fará) do abominável Sócrates e da bruxa Ferreira Leite, para não falar do narigudo dos submarinos. Ouve lugar neste barco para os comunistas da ruptura de Marx e debatistas duma esquerda muito reformista (sem opção ideológica assumida) esconderem seus ódios e remarem na mesma direcção, o que, claro, teve uma consequência gravíssima: tirou a piada toda ao confronto. Não que eu aposte em alguma destas cristas , filhos da Mentira: gosto igualmente pouco de ambos.

Lançaram-se aqueles temas óbvios e que foram debatidos sem causar o mínimo interesse para a minha pessoa, como nacionalização da banca, (in)justiça na economia, sector energético, “os poderosos” de Jerónimo e “os intocáveis” de Louça, seus impostos discriminatórios (assentes em generalizações que não aceito) de nacionalização da riqueza privada, os lucros de determinadas empresas e seus empresários, sustentantes de teorias de asfixia e controlo legislativo do tecido empresarial, enfim, mais do mesmo, a conversa de sempre, do discurso martelante e repetitivo que a política portuguesa já nos acostumou. O Plano de Reabilitação Urbano proposto pelo bloco de Louça parece-me uma medida necessária (avivaria a velha Lisboa) e interessante enquanto incentivo económico e medida de promoção de emprego, e embora não conheça as entranhas de tal projecto, imagino que não se compatibilize com as directrizes que defenderia para sua execução, tamanha a alergia da contemporânea esquerda verdadeiramente esquerda pelo sector privado e pelas parcerias público/privado. Estes assuntos, para quem os entende verdadeiramente.

Obviamente estes especialistas na radiografia da podridão e contestação social não iriam deixar escapar os Professores, claro que não. Sentem muito orgulho na força e dedicação e vontade dos professores em contestar mais do que o plano de avaliação e suas respectivas tretas, o partido socialista, o que não deixa de ser curioso: sabem perfeitamente que qualquer alteração significativa que afecte esta classe irá causar contestação e que essa alteração é absolutamente necessária e imperativa para a sociedade. Orgulho é certamente o que não sinto pela generalidade dos nossos professores (não me refiro a si, e você sabe), embora reconheça o maior dos méritos a quem dedicadamente desempenha este papel com o brio e a responsabilidade necessários. A politização desta situação é inevitável, mas o nosso avant-garde primeiro ministro já se tem vindo a coordeirizar - novidade? Talvez não. De qualquer forma, esta esquerda não pastará com o Zé.

No plano pessoal e humano daquelas criaturas, nada de novo. O inteligentíssimo (sem a ponta de ironia) do Louça disse as palavras certas, politicamente correcto e educado, focado nos chavões do seu partido que não deixou de deixar escapar para o escrutínio pessoal do confuso eleitorado suas enumeradas medidas de combate ao capitalismo (com os mesmos dedos que contorce nas nossas feridas de bala), ao neo-liberalismo dos burgueses que sua imagem até aparenta, mas que suas palavras veementemente contradizem. Aproveitou a deixa para afirmar inocentemente que “não interrompo” o discurso do Sr. Jerónimo, mesmo sendo sua vez de tomar a palavra, em cheirinho de pissada ao debate de ontem, como diriam os superiores politólogos. Sussurrou uns beijinhos ao Alegre, que os deve ter ouvido bem (pudera) e certamente ficou… contente. O que me verdadeiramente incomoda é aquela expressividade de prisão de ventre dos possantes palavrões que escolhe – o “horror” o “desastre” a “guerra” a “arrogância” o “agressivo” o “absolutista”o “gravíssimo”, contorcidos e tão apocalipticamente expressados. Eu percebo, mas ai, incomoda-me. Desculpa aí.

O avô cantigas, enfim. Nada a dizer de especial: o clássico, o de sempre. O que pede desculpa por parecer rude em determinada explicação, porém é continuamente rude. Não tem a genialidade do Louça, nem o seu discurso retoricamente perfeito: hesita, pensa no meio das frases - não tem a política na ponta da língua, mas sim no sangue que lhe dá cor. Cumpre o seu papel de líder do seu velho partido, nada mais. Não apela como os rivais “comunistas” urbanos.

A consonância desta esquerda que se choca foi imperativa, e os galos não lutaram, nem sendo espicaçados sem rodeios. Acabaram até por namorar uma horita no ringue público, vejam só. Chikens!


b) O assunto verdadeiramente importante do dia


Os bilhetes para a maravilhosa Diana Krall estão a esgotar. Mas eu já tenho.


Peço desculpa pela extensão da minha idiota palavra. Sei que o nosso espaço é feito por jovens, e para jovens, e para a troca de ideias que interessam a esta faixa etária. Sei que tal tema não costa na agenda da maioria das nossas donzelas e mancebos, mas quem sabe um dia brote no programa eleitoral do Partido Moranguista Açucarado (em coligação com o Movimento dos Trabalhistas da Vaidade – MTV), e a nossa sociedade evolua um pouquinho, um nadinha, um cheirinho, desta dormência cerebral, desta escandalosa e cabeluda Mentira.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Prólogo


São seis, sete horas, as que forem. O tempo é nosso enquanto não o vendermos. Gozamos a idade do desfruto, mergulhados numa ambição delirante que tem tanto de bela como de enganosa. Põe-nos sonhos na ponta do pensamento, e desconfiança nas lamurias dos pequenos. Seremos sempre grandes, diz-nos a inocência.
Fotografem-nos eles e vais ver! Não é desperdício, nunca será, enquanto fizermos das palavras murros em direcções opostas, de um lado a crença na mudança, do outro o querer mudar a crença para níveis intocáveis às garras dos problemas instituídos. Unir dialogo e bater no vento, isso sim, seria de loucos que se desperdiçam.



Quando não houver tempo, a azáfama da sua falta e pressão que essa implica, jamais permitirá perguntar se “ainda há tempo?”.
Logo, atrevo-me a dizer que sim. Há tempo e esperança.
Vamos saber aproveita-lo camarada?
(naquele dia soubemos)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Este Agosto que nunca acaba

Ali eram cinco horas - chiavam as folhas com o vento desgraçado - já era tarde, camarada.

Acolá, sei lá aonde, mergulhado no vinho da cabeça, pensava na pobreza da nossa causa. Na causa da nossa pobreza - na sua índole global, certamente: os tantos quanto nós, geração coca-cola. Da informação global. Da livre comunicação. Da crítica. Do conhecimento - Da mentira. Do vazio do oco do facilitismo da preguiça da burrice da submissão do egoísmo do mecanicismo da falta de identidade da falta de diálogo da falta de idéias dos preconceitos dos defeitos do até tenho medo de pensar no quê - desta verdade que me incomoda e afecta e generaliza.

Fotografando-nos, revelaria-se um desperdício. Que desperdício.

- Que horas são?
- Cinco.
- Cinco!?!?

Parecia tarde, sentia-se o vento cobiçar as nossas folhas.

- Cinco para as seis.

Sim, o sol quase raiava. Mas abriram mais uma garrafa, ainda havia tempo.

Queriam acreditar que ainda havia tempo.

Ainda há tempo, camarada?