É com grande gáudio e satisfação que digo: menti!
Desde o dia 21 de Janeiro que, manhosamente, tenho escapado aos inúmeros pedidos de Fernando, às criticas de Felipe e à vergonha de, possivelmente, ser a única do círculo que ainda não tinha visitado o blog. E atribuíram-me o cargo de relações públicas!
Mas para quê desculpar-me? Tudo o que pudesse vir a dizer iria tirar-me o meu novo cargo. Mentirosa.
Mas como agora avanço nos bites deste blog, sinto-me que não “navego em mares nunca antes navegados”. Apesar de ter sido o membro com mais faltas, conheço o teor e sentimentos do blog, discutidos e vividos fora deste palco mas realizado pelos autores/actores de ambos.
Se as premissas eram eloquência, facilidade e verdade pois então o objectivo foi cumprido: somos os maiores mentirosos!
Debate de Jerónimo de Sousa e José Sócrates
Um primeiro-ministro triste por se sentir sozinho e atacado na e pela esquerda. Um camarada a fazer o jogo das diferenças entre o desenho do PS e do PSD.
Assistiu-se a mais um café de esquina entre dois candidatos à cadeira governamental, que já tem mossas e as deixa a quem por lá passa. Contudo, a falta de paciência e o mau estar do Engenheiro José Sócrates, em nada terá a ver com a falta de ergonomia da mesma, mas avancemos.
Na passadeira dos temas reflectidos a trivialidade esperada vingou. Código do trabalho, segurança social, o combate à pobreza (onde aí vimos o Sr. Primeiro Ministro a elevar 10% nos decibéis), a crise, educação e sindicatos. Não vou “esmiuçar” cada um; não é minha intenção tornar-me politóloga de ecrã; vou apenas deixar alguns devaneios.
Educação e Sindicatos. É certo que o governo é o árbitro que balança os interesses sindicais e gerais (ou pelo menos tenta), mas usar o cartão vermelho da arrogância é que não… não foi a força do PC que juntou 100mil vozes nem as maiores mobilizações pós 25 de Abril; foram as políticas erradas, o interesse pessoal, o descontentamento.
Crise. É realidade. Existe e é com seriedade e vontade que a temos que enfrentar. Mas tentar convencer os portugueses e principalmente a Europa que estamos a sair da crise pelo aumento do salário mínimo, pelo aumento do tempo de subsídio de desemprego bem como de seu valor é tão confortável como os grandes grupos financeiros não serem incomodados com a chatice da crise. De facto, quem pagou e paga a crise é o trabalhador, quase ao som da daquela que se podia chamar “A Ópera do Malandro” (versão portuguesa, de Chico José).
TVI. Não devia ser tomada como medida eleitoral mas, como foi o único momento do debate em que a faísca brilhou vamos acender então a vela. Jerónimo de Sousa com a sua cordialidade opôs-se ao nervosismo de José Sócrates que nem o Papa o pode salvar. Verdade ou não talvez nunca chegaremos a saber. O Jornal de Sexta-feira acabou, Manuela Moura Guedes calou-se e sem eles vamos deixar de saber as promoções semanais do Freeport bem como o desfecho desta liberdade libertada.
Resumé. Sócrates: tudo o que fez foi bom. Jerónimo: a análise macro é melhor.
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