Eu podia dizer algo, mas o Manuel António Pina já o disse, sem saber, por mim, há mais de três anos.
Marinho e Pinto merece a nossa compreensão, mesmo que esgote a nossa paciência. É um "junky" de protagonismo, quando está muito tempo longe dos holofotes entra em carência, afligem-no dores musculares insuportáveis no sistema vocal e as palavras acumulam-se-lhe, ansiosas, na garganta, sufocando-o e forçando-o a correr em desespero para as redacções em busca de um "dealer" de manchetes ou, ao menos, de títulos a duas colunas ou rodapés de noticiários televisivos para "meter para a veia".
(...) O [caso] de Marinho e Pinto resolve-se, tudo o indica, com adequada terapia de substituição. (...)