segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

idolomania

Admito, não estou a acompanhar religiosamente a actual temporada dos ídolos. Tenho, isso sim, tido um azar dos diabos nas esporádicas vezes em que lá acabo por assistir a essa grande rampa de lançamento de talentos musicais, pop. Uma dessas vezes dou com uma moça a cantar Zeca Afonso e a ser enxovalhada pela sua escolha, porque, e parafraseado, ser artista pop está nos antípodas de cantar música de intervenção e, quem o faz, só pode estar a atravessar uma fase temporária de retro-hippie-chiq-esquerdismo. Rí. Foi um momento engraçado. Estúpido, parvo até. Rí. Hoje, vejo uma outra moça, a engraçada Carolina, embarcar numa de feminista e dedicar uma música à Roberta, por essa ser uma mulher que, apesar de mulher, conseguiu vingar na vida. Foi a gota de água, e o que transbordou do copo chamdo minha transigência, desugua agora neste post. A Roberta, senhora certamente bacana, é responsável pela organização do Rock in Rio. Mesmo Rock in Rio que o seu pai criou. Mesmo pai que é, pasmem-se, homem. Ou seja, temos como três ídolos de portugal: a Sara, que só vingou no respeito do juri por ter deixado em casa o zeca afonso, o martim, que já antes dos ídolos actuava no Avante!, mas que se o dissesse corria o risco de despir a pele de ídolo musical e vestir a de cromo retro-hippie-chic-esquerdista, e a Carolina, que tem como heroína feminista a simone de beauvoir das revistas cor de rosa, que vinga na vida a organizar o festival do papá. Sinais dos tempos.



Sem comentários:

Enviar um comentário