Também na Sábado desta semana, Pacheco Pereira fala-nos sobre surpresas sobre os candidatos à presidência da república:
“Surpresas? Eu tive uma: Nobre tem a pior das posturas, pessoal e nos debates, uma mistura de vaidade e aproveitamento biográfico sem pudor, populismo e ignorância.”
No entanto, sem comentar as palavras deste guru da política, ofereço-vos esta segunda prenda de natal que considero ser a maior surpresa destas presidenciais:
O candidato presidencial e fundador da AMI inscreveu-se em 1993, mas nunca pagou as quotas. Não obstante, a Causa Real conta com ele.
O candidato presidencial e fundador da AMI, Fernando Nobre, é um dos mais de dez mil portugueses filiados na Causa Real. Nobre filiou-se em Lisboa no início de 1993, mas nunca chegou a pagar qualquer quota. Nem a primeira. “Continua a ser nosso filiado”, disse ao Expresso uma fonte da Real Associação de Lisboa, onde Nobre tem a sua ficha de inscrição. “Nunca nos comunicou a sua desistência, nem veio levantar o boletim de filiação. Portanto, ainda consta dos nossos ficheiros”. Simpatizante do regresso de um regime monárquico para Portugal e filiado há 17 anos, Fernando Nobre manifestou-se indisponível para falar ao Expresso sobre o assunto. Há muito anos que o candidato à mais alta magistratura do Estado se assumiu como simpatizante. Já em Fevereiro, numa entrevista dada à revista “Sábado”, Fernando Nobre confirmou ter pertencido à Causa Real, mas diria também que agora era apenas simpatizante, acrescentando: “A História de Portugal não começou em 1910. Temos quase nove séculos de Historia. Vamos apagar oito e olhar para os últimos 100 anos?”
[Fonte: "Fernando Nobre, o não praticante" - Jornal Expresso de 14 de Agosto de 2010]
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