sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Separados à nascença (II)
Esta malta da Guarda não perdoa. Uma dia ainda vão vir charters para a nossa Hollyhood portuguesa.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
E um brinde ao optimismo e ao positivismo!
Em inglês
Em português
sábado, 24 de dezembro de 2011
pinheiros
Aquela mata era uma espécie de orfanato, ninguém sabia de onde nascera, ninguém sabia porque nascera e diga-se, ninguém se importava por saber. Eram só dezenas de pinheiros ensimesmados, com a ideia fixa de terem existido juntos desde sempre. Unia-os a preserverança de em cada dia do ano trabalharem para um fim. Queriam chegar ao céu. Lutavam por cada centímetro que lhes oferecesse proximidade. Estavam tão perto, bastava crescer. À noite assustava-os reparar que o céu desaparecia, e nem por isso deixavam de se empenhar por subir. Sabiam que o sol havia de devolver esse céu pela manhã. Se chegava o vento pronto a deter o processo, os pinheiros não se queixavam, ás vezes até dançavam em tom de gozo.
Uma tarde de dezembro veio um homem. Tinha um machado. Cortou um pinheiro para enfeitar com luzes, bolas e muitas cores. Arrastou-o pelo meio das dezenas de outros pinheiros que em murmuravam, tu já não chegas ao céu.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
I love DKNY
Há quem se envergonhe desta campanha da DKNY. Há quem se enraiveça com ela. Porquê? Porque vemos no mesmo cartaz uma modelo com um fato de mais de mil euros e dois haitianos com ar (provavalmente não apenas ar) de fome. Porque isso é no mínimo é cruel. Eu acho que é dos retratos mais lúcidos do nosso mundo. Parabéns aos autores e autoras.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
"Querido, o grande líder morreu"
[Henrique Raposo no Clube das Repúblicas Mortas]
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Mãe, olha boas notícias:
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Afinal estamos todos de parabéns
É tipo isto aqui:
É até o contribuinte não poder mais.... veremos se se aguenta em pé em 2012.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Parabéns ao Fernando
"Manifestante" é a pessoa do Ano 2011 para a Revista Time
“Houve um tempo em que multidões de cidadãos saíam às ruas sem armas para declarem a sua oposição”, escreve Kurt Andersen na revista norte-americana. “Nos anos de 1960, na América, marcharam pelos direitos civis e contra a guerra no Vietname; nos anos 1970, ergueram-se no Irão e em Portugal; nos anos 80, contra as armas nucleares nos EUA e na Europa, contra a ocupação da Cisjordânia e Gaza por Israel, contra a tirania comunista na Praça de Tiananmen e na Europa de Leste. O protesto era a continuação natural da política por outros meios. Mas depois veio o Fim da História, que Francis Fukuyama resumiu no influente ensaio de 1989 em que declarava que a humanidade tinha chegado ao “ponto final…da evolução ideológica” do “liberalismo ocidental” globalmente triunfante”.
As manifestações tornaram-se coisas do passado para os jovens: “Protesto maciço e eficaz e na rua tornou-se um paradoxo a nível global até que – de forma subida e chocante – há exactamente um ano, se tornou a verdadeira definição dos tempos que correm”, escreve Andersen, para explicar a escolha da revista.
Tudo começou na Tunísia, a 17 de Dezembro de 2010, quando o vendedor ambulante Mohamed Bouazizi que se imolou na cidade de Sidi Bouzid, para recuperar a dignidade perdida após o último de muitos atentados das autoridades contra as suas tentativas de ganhar a vida. Passou para o Egipto, a Líbia, os protestos Occupy Wall Street nos Estados Unidos, as manifestações dos estudantes em Londres e os Indignados de Madrid, que se exportaram para outros países, a revolta na Rússia com os resultados das eleições legislativas, os protestos contra a corrupção na Índia. Tudo isto faz parte deste movimento global, diz a “Time”.
“É notável o quanto estas vanguardas de protesto partilham. Em todo o lado são sobretudo jovens, de classe média e com um certo nível de educação. Quase todos começam independentemente, sem grande encorajamento de partidos ou de políticos da oposição. Em todo o mundo, os manifestantes de 2011 partilham a fé de que os sistemas políticos e as economias dos seus países se tornaram disfuncionais e corruptos”, escreve a revista.
Em 2006 a “Time” tinha já feito uma escolha pouco ortodoxa para pessoa do ano: você, significando o “boom” da Web social, da presença dos cidadãos comuns na Internet, criando conteúdos online em vez de serem apenas meros consumidores.
esta passagem é meramente fictícia (LOL)
"It's just money.
It's made up, pieces of paper with pictures on it so that we don't have to kill each other just to get something to eat. It's not wrong. And it's certainly no different today than it's ever been: 1637, 1797, 1819,1837, 1857, 1884, 1901, 1907, 1929, 1937, 1974, 1987, Jesus.
It's all just the same thing, over and over. We can't help ourselves. And you and I can't control it or stop it or even slow it. Or even ever so slightly alter it. We just react. And we make a lot of money if we get it right. And we get left by the side of the road if we get it wrong. And there have always been and there always will be the same percentage of winners and losers, happy fucks and sad sacks, fat cats and starving dogs in this world."
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Friedman
Análise dos stakeholders traduzida para miúdos
- Os consumidores querem PS: Product quality and Service Value
- Os patrões queres PCP: Power, Compensation and Prestige
- Os accionistas queres CDS: Capital growth, Dividends and Safe investments
Eu não disse quer era fácil?
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
falar sozinho no metro
Ontem à noite apanhei uma pessoa a falar sozinha no metro enquanto olhava para um saco de compras. Primeiro enumerou tudo o que havia comprado depois decidiu que era importante chamar nomes ás janelas, só por se ter esquecido da pasta de dentes. Parvoíce, pensei. Coisa sem nenhuma razão de ser, essa a de falar para o ar, no meio de um metro. Não se conhece quem vai ouvir. Não se sabe quem vai ligar. Não se adivinha o que vão pensar. No máximo, é um gesto inofensivo. Claro que podia não ligar, afinal, era só alguém a quem os pensamentos pesavam ao ponto de ter que despejar alguns pela boca. Sim, podia não ligar, talvez fosse apenas uma pessoa com a convicção de que se a pasta de dentes ouvisse, havia de fugir do supermercado, correr e saltar para dentro do saco (há tantas convicções estranhas por aí!). Podia não ligar, mas decidi partilhar isso aqui no blog. Faço-o sem conhecer quem vai ler, sem saber quem vai ligar e sem adivinhar o que irão pensar.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Estes gajos são muito mais fixes do que eu pensava
«É um grupo que sempre teve uma linha política muito sectária, de extremo radicalismo, que sistematicamente discordava das decisões do BE, fossem elas quais fossem», assumindo, em contrapartida, «decisões incompreensíveis e inaceitáveis», como apelar à constituição de «brigadas de solidariedade com os talibãs no Afeganistão» e «apelar ao voto em branco nas presidenciais», disse João Semedo.
Vamos ser solidários? Bora!
sábado, 10 de dezembro de 2011
Boas piadas
Um estalinista, um anarquista e um trotskista chegam cada um a sua casa e encontram os seus companheiros na cama com um camarada. Qual é a sua reacção? O estalinista mata-os aos dois, o anarquista pergunta se se pode juntar a eles e o trotskista escreve uma declaração de 20 páginas a justificar uma cisão organizacional.
[Via Blasfémias]
o disnevelamento das escalas de importância (II)
Olha lá, não consegues ter mão nisso? Queres ajuda, Fernando? Sabes que os amigos são para as ocasiões...
E a mim, já nada me preocupa. Já percebi porque é que estamos falidos....
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
o disnevelamento das escalas de importância
A Europa está em pulgas com esta cimeira, que dizem poder por um fim ao euro. O que seria terrífico. Ao mesmo tempo, as peças no jogo entre Irão, USA e afins continuam a mover-se (o Irão afirma agora ter abatido um engenho norte-americano), fazendo temer o início de um conflito capaz de sorver a humanidade. O que seria no mínimo mais chato do que voltar ao escudo. Depois anuncia-se uma banda nova num festival de verão qualquer e tudo se torna fantástico, os preços dos bilhetes pautam-se em euros e o mundo não pode acabar antes dos Radiohead virem a Portugal. E a mim, andando por aqui perdido no lado de fora do ecrã, o que me está a preocupar é a aula prática que vou ter ás 8h.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Evolução
O procrastinador clássico, alvo de toda a análise teórica e literatura, adia a acção principal e foca-se em secundárias e menos importantes: limpar a casa antes de estudar para o exame de amanhã, digamos.
O procrastinador evoluído, alvo de um estudo relâmpago enquanto estendia a roupa, consegue focar-se na alcunha e inclusivamente procrastinar a acção secundária: não estuda nem limpa a casa, mas vai de 5 em 5 minutos ver que continua suja.
Benfas, o clube do povo!
Enfim.. é normal... é o clube do Povo... é o clube dos broeiros! A malta do Benfica gosta de se entreter com estas coisas.
Depois do vídeo que retrata o medo de uma família benfiquista só mesmo esta notícia para completar a dose de broeirismo que caracteriza aquele clube: http://gestao-desportiva.
"Esta vai ser à Benfica". Normal.
O Medo de uma família benfiquista
A verdadeira história do Eusébio
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/hilario-eusebio-fugiu-para-assinar-pelo-sporting=f689566#ixzz1egRhMeOn
Porque o talento não tem idade
sábado, 3 de dezembro de 2011
Carlos Costa chama «ignorante» a João Galamba
“É a realidade em que chegamos em Abril [data em que Sócrates pediu a intervenção externa]. Se não querem reconhecer a realidade, não a reconheçam. Mas a realidade é sempre mais resistente que a cabeça”.