sábado, 7 de julho de 2012

muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel aureliano buendia havia de recordar aquela tarde remota em que o seu pai o levou a conhecer o gelo

os dois únicos livros que li do Gabriel García Márquez são também dois dos meus livros favoritos. dois livros que as notícias acerca do autor me obrigam a recordar. Memórias das minhas putas tristes e Cem anos de solidão. do primeiro conta-se a história de um homem que aos 90 anos tem o discernimento que Gabriel García Márquez não terá quando chegar a essa idade, tornando-se cruelmente a criação mais forte do que o criador. o segundo li-o cativado pelo início bonito, célebre, no qual se brinca com a memória do coronel Aureliano Buendia. 
tempo, memória, lucidez são para mim coisas que gabriel garcia marquez conquistou, por exemplo, com os dois livros anteriores. são traços que se confundem com a sua identidade, traços que só perderá quando José Arcadio Buendía deixar de ser o fundador de Macondo, ou quando Amaranta perder a virgindade.

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