segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

País à beira mar, mal estacionado

Sentimos por vezes necessidade de abrir o nosso coração e deixar nele entrar pessoas que cobiçamos fazerem parte das nossas vidas. É o que acontece quando as hormonas deixam de ser sub-reptícias e vão fazendo das suas. Pois, paciência... Aqui, pela Mentira, não foi necessidade que sentimos, foi goludice. E pela gulodice (perdoem nos o pecado), fomos obrigados a abrir as portas deste blog, a um rebuçado embrulhado em prespicácia e boa disposição que é o David, o nosso mais recente e primeiro a vir a público, colaborador.
Fica aqui a sua primeira (de muitas) pincelada:

"Nada como ligar a televisão um dia à hora de jantar, e ver o desastre de viação que o nosso novo D. Sebastião, também conhecido por Cristiano “das Bolas de Ouro” Ronaldo (1º, 2º e 3º lugares, uma bola por cada um) teve. Aquele “toquezinho” que o seu latinhas, (da modesta marca italiana começada por F e acabada em ari) recebeu, muita assustadiça gente sobressaltou, passando mesmo no nada sensacionalista canal 4 uma comparação ao trágico acidente da doce Lady Diana, que tal como o nosso CR7, muita tinta fez correr nos tablóides britânicos.

Este tipo de acontecimentos, põe muita gente a pensar, a crise que isto iria trazer, a este pequeno país, ao qual muitos chamam de rectangular, caso o nosso Puto Maravilha tivesse feito, nem que fosse, o mais pequeno corte por baixo do braço ou partido a unha do dedo mindinho do pé esquerdo. Muito possivelmente alguns de vocês bateram três vezes na mesa de madeira, e cuspiram para o chão só por ouvirem tal blasfémia.

Mas pegando nas minhas palavras em cima escritas, caso essa catástrofe tivesse acontecido, nada melhor que seguir o discurso de optimismo do nosso Primeiro (que coitado anda com as orelhas quentes graças à perseguição dos nossos media acerca de um pequeno espaço nas proximidades de Alcochete que de um dia para o outro passou a pertencer aos nossos amigos Ingleses) do qual consta a sugestão de segurar os postos de emprego de várias fábricas com leves somas de dinheiro, incluindo fábricas da industria automóvel. Mas ele esquece-se que neste país o único que tem dinheiro para comprar esse tipo de viaturas é o nosso Campeão Cristiano, e caso ele não tivesse sobrevivido (desculpem mais uma vez fortes seguidores do Cristinianismo) já não haveria ninguém para comprar, nem sequer uma Zundap. Isto para não falar de outro banco que teria de receber uma sobrecarga monetária, para além do banco PN. Ao B. Espírito Santo, nem o próprio nome o salvaria, nem mesmo o seu maior investidor, o famosíssimo Génio da bola.

Bem, resta-nos fazer como os dançarinos de tango daquele país chamado Argentina, e tal como eles criar uma religião com base no seu herói nacional, os Maradonianos, que tal como Maradona escapou miraculosamente a uma overdose, também o nosso Menino escapou miraculosamente ao espalhafatoso acidente." David Leal do Nascimento

Sem comentários:

Enviar um comentário