terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

o partido com paredes à prova de constantes ataques mediáticos (II)

"A decisão, ao que parece, tomada durante uma reunião da comissão política com o grupo parlamentar, na terça-feira, traduz o mais profundo desrespeito da comissão política e do grupo parlamentar pelo grupo de 80 aderentes que, estatutariamente, constituem a mesa nacional", afirma o bloquista, na carta dirigida à mesa nacional, a que a agência Lusa teve acesso.

O bloquista recorda que a mesa nacional é o "órgão máximo entre convenções", mas "tem sido chamada a ratificar muitas decisões já assumidas", citando o exemplo do apoio a José Sá Fernandes na Câmara de Lisboa.

"Seria um atentado à minha inteligência continuar a participar num órgão que não exerce as competências que lhe são conferidas estaturiamente e observar passivamente a contínua e repetida ultrapassagem da comissão política e do grupo parlamentar", afirma.

Apesar de considerar que "o Governo merece uma censura política no Parlamento", Paulo Silva admitiu ter "as maiores dúvidas" sobre esta moção de censura, considerando que PSD e CDS vão rejeitá-la com base na "argumentação tipicamente de esquerda".

Para o agora ex-membro da mesa nacional, o BE quer "demarcar-se muito rapidamente do PS", após o apoio a Manuel Alegre nas presidenciais, e "roubar espaço" ao PCP, que já admitira apoiar uma eventual moção do PSD ou avançar com uma própria.

"Não estou nos órgãos dirigentes de um partido que se alia ao PS e que cá dentro é cada vez mais parecido com o PCP"

[Via SIC]

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