Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
(Vladimir Maiakovski) (aqui)
Um poema que espelha a metáfora de uma triste realidade...
A luta contra a precariedade impõe-se, e o MayDay Lisboa, dando corpo a essa luta, está aí de novo. A sua próxima assembleia é terça-feira, pelas 20h45, no SGPL (Rua Fialho d'Almeida nº3, Lisboa).
fica a par dos acontecimentos: MayDay Lisboa
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