sábado, 30 de novembro de 2013
O exercício de sempre...
Da natureza humana (I)
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
O Cabaret
Deixo para o meio tempo um entretenimento de bom gosto. Esta música em particular tem o dom de remeter para um lugar qualquer que parece fantástico mas que desconheço como seja.
Talvez o título diga tudo.
Aqui: http://www.youtube.com/watch?v=h0Y56-4rxAg
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
um provérbio
Da Série Ruby Tuesday (I) (or Music on Tuesdays): Introdução à Rúbrica e 5 a Seco - ...e Business Models (?!)
Ponto prévio dois: não deixa de ser irónico que tenha deixado atrasar um dia tendo em conta o post que estava preparado ontem (ver abaixo).
Música: um dos tópicos que propus a mim mesmo (ou a mim próprio, nunca sei) nesta nova vida d'A Mentira. O tópico geral, o nome e o tópico em particular vêm de um blog que sigo, o NewAppsBlog, que tem uma rúbrica chamada Brazilian Music on Fridays. Acrescentei o 'Da Série' e o '(I)' porque fazem parte desta casa. Ora, eu escrevo às terças pelo que não tenho a sexta nem o Friday Night, Saturday Morning (versão do/as Nouvelle Vague) ou o "Quarta-feira, sempre desce o pano" (do Chico Buarque).
Tinha músicas para vários dias da semana e em último caso podia passar a saltar o meu dia quando quisesse escrever sobre música e chamar à rúbrica de Yesterday (Beatles). Mas não, calhou-me a terça e há o Ruby Tuesday dos Rolling Stones. Calha bem.(Entretanto o post deslizou para quarta-feira, "isn't that ironic?")
Venho dar-vos a conhecer uma banda brasileira e bem recente, os 5aseco. Descobria-a, justamente, na tal rúbrica Brazilian Music on Fridays.
Eu que gosto de música brasileira em particular e MPB em geral gostei muito. As canções eram novas mas soaram-me familiares. É um sentimento muito bom. Segue a primeira, 'Feliz para cachorro'
Também achei interessante o seguinte: não cobram pelo album (chamar CD nesta altura do campeonato é estúpido). Os Radiohead há uns anos lançaram o In Rainbows (excelente!) grátis - uma pessoa pagava o que quisesse pelo download (incluindo zero). Os 5 a Seco optaram pela modalidade Pay with a Tweet, ou seja, um post no tweeter ou facebook (este post aqui no blog não conta).
baixe aqui as músicas do álbum "ao vivo no auditório do ibirapuera" gratuitamente. em troca, você só precisa postar ou tweetar sobre isso. clique aqui para fazer o download https://www.paywithatweet.com/pay/?id=7a7db44f4fc2f721d07f967620dafcd5
Ora, isto é muito interessante porque é sintoma de uma indústria em profunda mudança, nomeadamente, quanto ao modelo de negócio. Os CDs são tecnologia obsoleta, a pirataria é um dado incontornável, as ferramentas de produção e promoção estão acessíveis a quem faz música (o benefício de escala das editoras diluiu-se); as bandas ganham mais dinheiro promovendo-se no MySpace e indo a Londres no fim-de-semana para tocar num Bar do que vendendo umas poucas centenas de CDs. Daí a importância da promoção e do pay with a tweet. Acho que quem gosta de gestão e negócios adora modelos de negócio e destes game-changers. Dito isto, à parte dos Concertos, os 5 a Seco hão-de ganhar dinheiro com merchandising (Camisetas e DVDs) que também vendem no site http://loja.5aseco.com.br/.
(Business models e música brasileira cutting edge num mesmo post? Este post parece custom-made para os nossos Quem Foram de serviço!)
Mesmo sem postar ou fazer o download, podem ouvir o álbum em stream no site. Repito, recomendo. E segue outra, 'ou não.'
Esta reflete uma longa tradição da música brasileira de 'Xii, o mundo está péssimo' mas 'há praia, água de côco e mulheres' (não confundir com "novela, missa e gibi")
Espero que gostem!
PS: da próxima vez o título será mais curto.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
and now for something completely different (XI) - o Regresso
Este fim da série and now for something completely different anunciado pelo Fernando era, mais uma vez, uma grande mentira. Aos 70 anos, eles estão de volta rijos como o aço:
"O regresso era esperado há anos e já se imaginava que ia ser uma tarefa difícil comprar bilhetes para a reunião dos cinco Monty Python, anunciada na semana passada. O que talvez não fosse de esperar era que os bilhetes voassem em menos de um minuto, mais precisamente 43,5 segundos. Foram já anunciadas mais quatro datas mas comprar bilhetes também já é uma tarefa quase impossível."
"Eles bem disseram na conferência de imprensa da semana passada que iam ficar ricos com este regresso. Eric Idle brincou com a situação e disse que voltariam aos palcos para “tentar pagar a hipoteca de Terry Jones”. Pois bem, como era de esperar, o espectáculo, marcado para o dia 1 de Julho de 2014, esgotou em segundos e pelo mesmo caminho foram as novas datas anunciadas: 2, 3, 4 e 5 de Julho. Depois disto, não será difícil pagar a hipoteca e ainda ganhar algum dinheiro. Eles bem disseram e nós bem sabíamos."
Acordar no deserto.
Pode ser Pepsi?
Mas não é sobre isso que eu estou a escrever hoje. É sobre um outro assunto. Um assunto que marcou esta semana e que está indiretamente relacionado com o jogo: A Pepsi Sueca (e isto é importante realçar porque a malta tem sempre ideia em confundir as coisas.. não é a Pepsi Portugal nem a Pepsi Internacional - que curiosamente tem Messi como um dos seus rostos publicitários) publicou 3 imagens na pag do facebook em que mostra um boneco vestido com as cores nacionais amarrado numa linha de comboio, outra repleto de alfinetes vodu e outra esmagado por uma lata Pepsi.
A Pepsi Portugal, através da sua pag facebook, pediu desculpas ao Ronaldo e aos Portugueses. Mas não foi suficiente pois logo a seguir à publicação das fotos apareceu logo uma página de indignados a boicotar a Pepsi: Nunca mais vou beber Pepsi, que já tem quase 200 mil likes, com o seguinte mote: «Se és português e tens orgulho no teu País, nunca mais bebas Pepsi e faz "Gosto" nesta página!». O assunto tornou-se viral e não tardou a aparecerem 1) montagens, feitas no paint, a associarem CR, Messi, Pepsi, Coca-cola, Blater, Zlatan, etc. 2) vídeos no youtube de tugas a partirem arcas da Pepsi ou de telefonemas em tom de brincadeira para a Pepsi Internacional, 3) noticias sobre troca de fornecedores, como no caso da TAP que respondeu via facebook a uma cliente.
Não tardou também a aparecerem os peritos a comentar. "A imagem da marca fica gravemente afetada. O pedido de desculpas dado nas redes sociais, sendo correta, é tarde de mais." dizia Luís Pereira Santos, da McCANN Portugal. "Basta olhar para os 63 milhões de fans que o Cristiano Ronaldo tem no Facebook e os 23 milhões da Pepsi para fazer as contas de quem terá ficado a perder e, claro, perceber que o problema da marca não será apenas em Portugal" dizia Tomás Froes, da MSTF Partners.
Surge então a altura de comentar o sucedido:
Em 1º lugar sobre o conteúdo: ao contrário do Henrique Raposo, não vi nenhuma "campanha inteligente".. vi sim uma demonstração de muito mau-gosto.
Em 2º lugar sobre o movimento anti-pepsi: concordo com a "indignação patrioteira e patética", com o "vejam lá se arranjam uma vida, vejam lá se ganham estofo e capacidade de encaixe, no fundo, vejam lá se crescem" e com o "este é apenas o último episódio de um fenómeno cada vez mais grave: a intolerância crescente das redes sociais". Mas o tuga é assim: Fala-se muito do patriotismo e do orgulho português, mas no final de contas, temos uma memória tão curta quanto a nossa capacidade política. Por aqui, as feridas fecham-se rápido, muito rápido até. E quando se trata de um movimento que nasce no facebook, mais ainda: nasce uma veia revolucionária dentro de cada um alimentando o sonho de querer mudar alguma coisa.
Em último, sobre as consequências para a marca: Em Portugal, é a Coca-Cola que domina o mercado e a Pepsi nunca vai conseguir inverter a sua posição de follower. Quando o Tuga for a um café, vai continuar a pedir Coca-cola, o empregado a perguntar-lhe Pode ser Pepsi?, o Tuga durante uns tempos vai dizer que não, mas como a memória é curta não vai tardar a dizer que sim.
Concluindo numa frase: Esta campanha foi uma palermice que correu mal mas os portugueses esquecem rápido.
sábado, 23 de novembro de 2013
Porque todos os homens deviam ser JFKennedy
Este é o Milésimo Post da Mentira
Não desperdicem nem uma gota do vosso talento.
Deus fica muito chateado.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
O verdadeiro herói (usa quase sempre capa)
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Esse lugar é uma ilha
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
uma fotografia
terça-feira, 19 de novembro de 2013
To Bite the Bullet (or Bite the Dust)
(…)
PHRASES
(…)
bite the bullet decide to do something difficult or unpleasant that onehas been putting off or hesitating over. [ORIGIN: from the old customof giving wounded soldiers a bullet to bite on when undergoing surgery without anesthetic.]
bite the dust informal be killed : and the bad guys bite the dust with lead in their bellies. • figurative fail; come to an end : she hoped the new program wouldnot bite the dust for lack of funding.
A primeira expressão é de Kipling, a segunda é conhecida pela música dos Queen (e de um certo desenho animado que dava na TV quando eu era pequeno, acho que era do Hulk Hogan, mas por favor verifiquem no Google). Gosto muito da expressão e do seu significado. Aparentemente, a expressão teum um uso especial em filosofia, significando a capacidade de aceitar as consequências daquilo que acreditamos. Porque tenho o infortúnio de pertencer a esta geração em que o inglês always comes in handy, bite the bullet é o mesmo que embrace the consequences, mesmo as más, sobretudo as más.
Tenho usado o que nela há de útil nas últimas semanas, para o 'bem' e para o 'mal'.
Para o 'bem' — para efeitos humorísticos:
-Tenho de ligar os bicos do fogão com um fósforo. Nada mais fácil. Porém, o meu primo pergunta se eu preciso de ajuda (ele não sabe quão simples é a minha tarefa). Ao invés de recusar, aceito a ajuda. O momento foi embaraçoso quando ele percebeu o quão inútil foi a sua ajuda — o quão fácil era para mim a tarefa que tinha em mãos. But I bit the bullet e aceitei a ajuda.
(É como a mulher que está a estacionar o carro com dificuldade e o homem que está atrás pergunta enervado: é preciso eu ir aí fazer por si? Sim, é. A mulher sai do carro, entrega as chaves, e ele é obrigado a aceitar. It's funny.)
Para o 'mal' — para efeitos de compaixão:
-A minha tia lembrou-se dos tempos em que passávamos férias juntos no Algarve. Foram ótimas ótimas férias, dos meus 10 aos meus 14 anos. Estava saudosista. Era fácil minimizar a coisa; dizer que não valia a pena pensar nisso; que os tempos também são bons agora. (Agir na defensiva.) Mas não. Porque ando a pensar nisso de bite the bullet, aceitei ficar triste. Não quis minimizar. Aqueles tempos também significaram muito para mim. São tempos que não voltam. É melhor a minha tia saber que para mim também significou tanto quanto para ela; não podia fingir e desviar o olhar. Aceitar a bala, morder a bala e ficar triste. E assim fiz.